INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.677

INFORMATIVO N° 1.677

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA: 01/12/2022

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 321 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

PARLAMENTARES IGNORAM A SITUAÇÃO DO PRODUTOR DE TABACO

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) manifesta mais uma vez sua indignação diante do posicionamento de alguns deputados estaduais que seguem ignorando as dificuldades enfrentadas pelas 70 mil famílias produtoras de tabaco do Rio Grande do Sul.

 O Projeto de Lei 204/2015, que dispõe sobre a classificação e comercialização do fumo no galpão, segue tendo sua tramitação dificultada por parlamentares que retardam a votação do tema. Hoje, quarta-feira (30), em reunião da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, o deputado estadual Giuseppe Riesgo pediu vistas do projeto, adiando novamente a sua votação.

Infelizmente, parte do parlamento gaúcho parece estar contrário aos produtores e defendendo os interesses das indústrias, pois não é a primeira vez que há um pedido de vista para o projeto, numa clara tentativa de protelar sua votação, que se não acontecer ainda em 2022, acabará derrubando o projeto de lei.

O que a Fetag-RS quer saber é se alguns deputados ainda não entenderam que o projeto de lei em discussão é fundamental para trazer equilíbrio para a comercialização do tabaco. Hoje, os produtores precisam se deslocar até Santa Cruz do Sul, arcando com despesas de transporte e estadia, e, em caso de discordância quanto a classificação dada pela empresa, precisa pagar o frete de volta até a sua propriedade.

A Federação entende que o mandato de um parlamentar deve servir para tornar a legislação justa para todos, o que não ocorre na relação entre indústrias e produtores de tabaco. Caso os deputados que estão pedindo vistas ao projeto tenham dúvidas, procurem as entidades representativas dos produtores para esclarecê-las e construir alternativas.

O que não se pode aceitar é que os representantes da população no parlamento cedam a pressão das indústrias, não votem o projeto e mantenham a situação da forma como está, em que o produtor é seriamente prejudicado.

Cabe ressaltar que a maior parte dos parlamentares apoia o projeto e deseja trazer equilíbrio para a cadeia produtiva. No entanto, aqueles que se demonstram contrários já solicitaram quatorze pedidos de vistas, que na visão dos produtores e das entidades representativas são meramente políticos.

A Fetag-RS seguirá cobrando para que os(as) deputados(as) estaduais votem e aprovem o Projeto de Lei 204/2015 com a maior brevidade possível, pois ele é vital para a continuidade das atividades do setor fumageiro.

 

ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL SÃO TEMAS DE SEMINÁRIO

A Fetag-RS realizou neste dia 30 de novembro, o 2º Seminário Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural e a 2º Mostra de Startups do Agro. A primeira edição do seminário ocorreu em 2021, quando a Federação estava constituindo uma rede de profissionais das ciências agrárias voltados à uma assistência técnica e extensão rural diferenciada à agricultura e à pecuária familiar.

O evento foi destinado aos profissionais da rede de ATER e dirigentes sindicais e debateu assuntos voltados aos altos custos de produção. Durante a manhã, duas palestras agregaram conhecimento aos participantes, uma com a professora do curso de Agronomia da Setrem, Dra. Cinei Riffel e o chefe-geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski.

Já na parte da tarde 5 oficinas técnicas foram realizadas simultaneamente, aprofundando temas como: Nota fiscal eletrônica; Crédito Rural, Seguro e Proagro; Controle Biológico; SIOUT e Cadastro Florestal; CAR e Créditos de Carbono.

Para o vice-presidente da Fetag-RS e diretor do Departamento de ATER, Eugênio Zanetti, “a assistência técnica e extensão rural são os pilares de sustentação de uma propriedade. Através delas é possível pensar no desenvolvimento produtivo, social, ambiental e econômico das famílias enquanto uma unidade”. O dirigente finaliza afirmando que a Fetag-RS continuará empenhando suas forças para ampliar a rede de ATER no Estado e poder ofertar aos agricultores associados aos Sindicatos cada vez mais facilidades e oportunidades de crescimento.

Durante o evento aconteceu a assinatura do convênio entre a Fetag-RS e a empresa Base – Precisão na Agricultura para ofertar aos associados dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados, análises de solo e análises foliares com valores diferenciados.

COMPETIVIDADE DA CARNE SUÍNA DIMINUI

Enquanto os preços médios da carne suína registraram alta de outubro para novembro, os da proteína bovina apresentaram pequena elevação, e os do frango, queda. Diante disso, a competitividade da carne suína caiu em relação às duas concorrentes – destaca-se que, com o preço médio da proteína suína se distanciando do de frango e se aproximando da cotação da carne bovina, ocorre a perda de competitividade da carne suína. Agentes consultados pelo Cepea indicam aquecimento na demanda pela carne suína por parte dos atacadistas, cenário que elevou as cotações da proteína em novembro.

Quanto à carne bovina, os preços operam na casa dos R$ 19/kg desde o encerramento de outubro. Segundo pesquisadores do Cepea, parte dos demandantes já tem começado a montar estoques para as festas do final de ano, cenário que sustenta os valores dessa carne.

Já no caso da carne de frango, o crescimento da oferta, sobretudo de filé e de peito, resultou em queda nos preços em novembro – muitos agentes se viram forçados a adotar a estratégia de reajustar negativamente os valores, visando elevar a liquidez e evitar o aumento de estoques.


A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2022 é de R$ 40,50 (quarenta reais e cinquenta centavos) por membro do grupo familiar.