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Há cerca de duas semanas, em reunião realizada por videoconferência, a FETAG-RS entregou para a ministra da Agricultura Tereza Cristina, um documento com algumas solicitações de medida de apoio ao agricultores e pecuarista familiares que foram atingidos pela estiagem.

Na manhã de hoje, quinta-feira (4), em nova reunião com os secretários do MAPA, a FETAG-RS e os representantes das regiões mais afetadas pela estiagem ouviram uma série de negativas sobre quase tudo o que foi encaminhado.

Em síntese, apenas o pedido da FETAG-RS de participar das discussões para elaboração do próximo Plano Safra foi atendido. Demais itens, como suplementação de recursos para o PRONAF Mais alimentos e o ajuste emergencial da linha de crédito do PRONAF Agroindústrias estão sendo discutidos pela equipe do Ministério.

Demais pontos que dependiam de aprovação da equipe econômica do governo federal, foram negados com alegação de que não existem recursos financeiros para implementação, dentre eles, rebate no custeio pecuário, reformulação no crédito emergencial com possibilidade de cobertura do Proagro na linha e criação de crédito emergencial.

Carlos Joel da Silva, presidente da FETAG-RS, que participou da videoconferência, afirma “que a reunião foi frustrante. Saímos decepcionados pois quase nada do que pedimos foi atendido. Ouvimos que não há recursos, mas, ao mesmo tempo, o governo tenta anistiar as dívidas dos grandes empresários rurais referentes ao Funrural. Ou seja, o recurso que falta para uns, sobra para outros”.

Joel cobrou fortemente um olhar diferenciado para a agricultura e para pecuária familiar e afirma que seguirá pressionando o governo em busca de medidas que atendam as necessidades da categoria. “A cobrança tem que seguir até que tenhamos nossas pautas atendidas, pois elas refletem as necessidades do agricultor.

Nos próximos meses, terá início a discussão sobre o Plano Safra 2021/2022, onde alguns pontos levantados pela FETAG-RS deverão ser tratados.