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Nesta terça-feira (21), em Santa Catarina, as entidades representativas dos produtores de tabaco dos três estados do Sul (Fetag-RS, Fetaesc, Fetaep, Farsul, Faesc, Faep e Afubra) estiveram reunidas com a empresa BAT (antiga Souza Cruz) para tratar sobre a situação dos produtores de tabaco.

 

As entidades e a empresa fizeram uma avaliação da safra em reunião que contou com fortes cobranças das federações devido ao descontentamento com o cenário vivido na safra anterior, principalmente pelos produtores que comercializaram com a BAT, que na safra 2020/2021 cortou muitos produtores, o que desagradou a representação do setor. Para a safra atual, novos produtores foram contratados sob a justificativa de estar se adequando ao novo cenário mundial.

 

A Fetag-RS entende que os produtores desligados são famílias que tem no tabaco sua principal fonte de renda e que precisam receber olhar especial por parte da empresa, já que são pessoas desenvolvendo suas atividades e que não podem ser tratadas como mercadoria.

 

De acordo com o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, que representou a Fetag-RS na reunião, “está sendo construído um novo regimento da Cadec que norteará as questões relativas ao tabaco de agora em diante. Muitas famílias dependem da atividade para sobreviver e a indústria precisa ser parceira do produtor. Todos precisam ganhar, o que não vem acontecendo nos últimos tempos já que agricultor tem ficado com prejuízos devido a alta nos custos de produção e ao baixo preço pago pelas empresas”.

 

A reunião de hoje foi considerada como positiva pela Fetag-RS, pois houve o reconhecimento por parte da BAT de que é preciso trabalhar em conjunto para fortalecer o sistema integrado da produção de tabaco e principalmente a valorização dos produtores.

 

Também representaram a Fetag-RS a assessora de política agrícola, Carla Schuch, e Sérgio Reis, do STR de Santa Cruz do Sul.