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2020 – Um ano difícil para a Agricultura Familiar gaúcha

 

Não está fácil ser agricultor familiar em 2020. O ano que já começou difícil em virtude da estiagem, uma das mais severas de nossa história, e que causou muitos prejuízos em diversas culturas, teve seus reflexos para o agricultor agravados depois que a pandemia de coronavírus acarretou no fechamento de estabelecimentos comerciais e cancelamento de feiras de exposições agropecuárias, grandes palcos para vendas de produtos das agroindústrias gaúchas.

Como se tudo isso não fosse suficiente, vários eventos climáticos estão tornando o 2020 ainda mais complicado para a agricultura e para a pecuária familiar.

No final de junho e início de julho, um ciclone devastou o litoral norte gaúcho, causando sérias perdas em culturas típicas da região, tais como a banana e hortifrutigranjeiros, além de prejuízos materiais em galpões e moradias rurais e desabastecimento de água e de energia elétrica.

No final do dia e durante a noite da última terça-feira (18), algumas regiões do Estado foram atingidas por uma forte chuva de granizo que causou perdas em lavouras de diferentes culturas. A FETAG-RS recebeu relatos dos municípios de Selbach, Rio Pardo e Pantano Grande. A Região Centro Serra também foi afetada. Em vídeos e fotos é possível ver o tamanho do granizo que caiu sobre as lavouras.

De acordo com o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, “a federação recebeu com preocupação mais uma notícia de prejuízos no campo no ano de 2020. Infelizmente, eventos climáticos acontecem, mas trabalhamos para que o agricultor tenha garantias de que os prejuízos sejam minimizados. O produtor rural precisa de tranquilidade para plantar, pois é ele quem alimenta o campo e a cidade e sustenta a economia do Brasil”.

Na opinião do presidente Carlos Joel, em momentos como este “fica clara a importância do seguro rural e do bom funcionamento do Proagro, além de mecanismos eficientes que assegurem os produtores que não financiam as suas lavouras no banco. Produção com seguro diminui os riscos e os prejuízos para quem produz”.

A FETAG-RS, junto com os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, está acompanhando a real dimensão das perdas para, se for necessário, encaminhar a pauta para o governo do Estado e para o governo Federal com medidas que possam amenizar os prejuízos causados pelo temporal.