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Mais de cinco mil pessoas estão participando hoje (2), em Ijuí, do 4º Grito de Alerta Fronteira Missões Noroeste, promovido pela Fetag e as regionais Missões I, Missões II, Ijuí, Santa Rosa e Três Passos. Às 8h30min começaram a chegar as caravanas de ônibus no local conhecido como “Entroncamento do Posto 44”, que fica entre a BR-285 e a RS-342, que levam para Cruz Alta e Santo Ângelo. O presidente da Fetag, Elton Weber, conduziu uma rápida assembleia, que deliberou pelo trancamento total das duas rodovias entre 9h43min às 10h20min, portanto 37 minutos de trânsito parado, o que provocou um congestionamento de aproximadamente 10 quilômetros.

Em seguida, os agricultores familiares voltaram aos ônibus e se dirigiram ao centro da cidade, na Praça do Imigrante. Lá, por volta das 11h, iniciou uma caminhada até a Praça da República, onde permaneceram até o começo da tarde. Ao mesmo tempo, diversas lideranças foram em comissões entregar as pautas com reinvindicações a entidades como INSS, CEF, Banrisul, Sicredi e Banco do Brasil. Em todas elas um único objetivo: melhorar a infra-estrutura no meio do rural para oferecer uma melhor qualidade de vida ao homem e a mulher do campo.

Weber, ao fazer uma rápida avaliação do 4º Grito de Alerta, disse que estava cumprida a primeira parte da tarefa em função da excelente presença dos agricultores, inclusive de regionais mais distantes, que responderam ao chamamento de seus Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e vieram aqui gritar por melhores condições de vida. “Todos podem ter certeza de que esse Grito de Alerta já é ouvido em todo o Estado e até mesmo em Brasília, pois a imprensa está aqui. Queremos que as condições de vida e de renda sejam melhores, bem como que regras que não servem para a agricultura não sejam a nós exigidas. Portanto, a pauta é ampla no sentido de que possamos permanecer no campo com dignidade, com renda e fazendo a sucessão rural produzindo alimentos”, justifica.

Já o deputado Heitor Schuch fez questão de ressaltar a forte presença dos agricultores. “São homens, mulheres e jovens que anseiam em permanecer na agricultura, mas para isso necessitam de renda para segurar os filhos no campo. O 4º Grito de Alerta é uma manifestação extremamente organizada pelo conjunto do movimento sindical, que tem pauta, mobilização e a esperança de verem atendidas pelos governos as reivindicações. E quanto às ameaças de emplacamento de trator, elevar a idade da aposentadoria da mulher, de cobrar PIS-Cofins da soja são questões que só atrapalham a atividade. Assim, é preciso mostrar a luta, a força e a organização da categoria e afastar essas coisas de quem quer trabalhar”, enfatizou.    

O coordenador da Macrorregional, Agnaldo Barcelos, disse que entre os itens de pauta destacam-se a criação de um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Agricultura Familiar com apoio de projetos e programas de melhoria de infraestrutura no meio rural; aprimoramento no fornecimento de energia elétrica; tecnologias de comunicação e informação; estabelecimento de uma política de fomento para jovens que produzem alimentos no meio rural com o repasse de um salário mínimo mensal; criação de uma linha especial para aquisição de equipamentos de uso doméstico; limite de espera de no máximo 30 dias para procedimentos do SUS; garantia de recursos para assentamentos de duas mil famílias; garantia dos direitos adquiridos junto à Previdência do Social; e constituir um campus de universidade pública na região Fronteira Missões Noroeste, entre outros.

Mais informações: Elton Weber (51) 9325-0040

Assessoria de Imprensa – 2-04-2014 – Luiz Fernando Boaz (51) 9314-5699