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Agricultura Familiar: um modo de vidaA forte chuva registrada na manhã de hoje (24) não foi suficiente para atrapalhar a abertura do 5° Congresso Estadual da Juventude Trabalhadora Rural, no Parque do Imigrante, em Lajeado. Uma realização da Fetag, através da Comissão Estadual de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CEJTTR), o evento tem como lema Agricultura Familiar: um modo de vida, e conta com cerca de 650 delegados, que vão discutir e debater, ao longo de dois dias, o tema transversal Trabalho Infantojuvenil e Sucessão Rural. Ele foi dividido em cinco eixos: Sucessão Sindical; Acesso à Terra e Reforma Agrária; Educação do Campo; Saúde e Desenvolvimento Rural.
Os eventos do Movimento Sindical dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais (MSTTR) sempre são marcados por fortes místicas e bem elaboradas. E quando se fala em juventude, assim como o que ela representa por suas mais diferentes qualidades, a apresentação de jovens das 23 Regionais Sindicais – cada uma trouxe vários produtos de sua região e colocou-os defronte ao palco – foi muito marcante e agradou a todos. Logo em seguida, houve pronunciamentos de diversas pessoas, sendo o primeiro deles do jovem Deoclides Renato Borgonsi, que representou a CEJTTR. Associado do STR de Boqueirão do Leão – Regional Vale do Taquari, a anfitriã do Congresso, ele pediu para que seus colegas se empenhassem ao máximo para dizer o que querem para o movimento sindical. 
Já o coordenador da regional, Luciano Carminatti, lembrou de ter aceito o desafio de realizar o 5° Congresso da Juventude em sua regional, porém disse que não esperava ser “tão grande”. Carminatti fez questão de agradecer a várias pessoas, mas uma especial: Nilo Schneider, assessor da regional, que fez de tudo para que o evento acontecesse da melhor maneira possível. E está indo nesse caminho. “Gostaria de enfatizar que muitas políticas públicas existentes hoje nasceram em congressos como esse”, enfatizou.
Logo em seguida, foi a vez do vice-presidente da CTB-RS, Sérgio de Miranda, também tesoureiro-geral da Fetag, se manifestar. Miranda fez questão de afirmar que era o seu quinto Congresso da Juventude que estava participando. O dirigente elogiou muito o lema Agricultura familiar: um modo de vida e acrescentou um lugar de viver com qualidade de vida. O delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Marcos Regelin, acrescentou que está nas mãos desses jovens a construção de melhorias para a agricultura familiar. “Esse debate é fundamental para que vocês avancem nas políticas públicas”, observou.
A secretária nacional de Juventude da Contag, a piauiense Mazé Morais da Costa, considerou importante esse momento em que a juventude gaúcha elaborou uma pauta em suas regiões e agora tem o desafio de construir as políticas públicas que garantam a permanência de vocês no meio rural. “Sem dúvida, um momento ímpar e tenho certeza de que todos sairão daqui mais fortalecidos”. Mazé aproveitou para desejar  que 2015 seja um ano de muitas coisas boas.
O presidente da Fetag, Elton Weber, parabenizou a CEJTTR pela grandiosidade do evento que, ao longo de dois dias, vai debater o futuro da juventude na agricultura familiar. “É muito bom ver esses meninos e meninas aqui, que aceitaram o desafio de discutir o que pode ser feito em busca de melhorias para todos que vivem no campo e com qualidade de vida”. A coordenadora estadual de Jovens da Fetag, Josiane Einloft, agradeceu à Regional Vale do Taquari pelo empenho e disse que todos que estão aqui são agricultores e sem vocês não teria por que realizar o congresso. “A nossa grande tarefa é encontrar novas diretrizes”, justificou.
Por volta das 11h iniciou o painel sobre A Conjuntura Atual da Agricultura Familiar, bem como a introdução dos cinco eixos, tendo como painelistas Gerardo Iglesias, secretário regional da UITA para América Latina, e Elton Weber. Para Gerardo, o 5º Congresso acontece num contexto sócio-político extremamente complexo, num momento no qual o Brasil se olha no espelho e rejeita grande parte do que vê, ao mesmo tempo em que parece estar disposto a encarar reformas estruturais que abram as portas para a esperança, para um novo Brasil. Para ele, a juventude rural irá se perguntar sobre qual papel lhe cabe neste processo, qual pauta apresentará nas instâncias correspondentes e como estes jovens rurais poderão contribuir para a construção de um Brasil mais transparente, justo, livre e solidário.
Na quarta, 26, haverá a plenária final com a leitura das propostas e da Carta Oficial da Juventude. À tarde, para marcar o encerramento, está previsto uma caminhada pelas ruas centrais de Lajeado, culminando na Praça da Matriz com a entrega de alimentos da agricultura familiar a uma entidade filantrópica, bem como da carta às autoridades. 

Mais informações – Josiane Einloft (51) 9314-5720

Assessoria de Imprensa – 25/11/2014