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Seminário de Integrados aponta falta de política e logística
A Fetag, através das Regionais Vale do Taquari e Serra do Alto
Taquari, realizou nos dias 12e 13 de agosto um Seminário Estadual de
Integrados, no Centro Comunitário Cristo Rei, em Estrela. O evento
teve por objetivo discutir a cadeia produtiva, as legislações e
políticas que envolvem a integração nos criatórios de aves e de
suínos, bem como as dificuldades das empresas e dos agricultores. O
vice-presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, explica que o
seminário apontou para um falta de política de governo definida e
clara para regrar o sistema integrado, além da deficiência de
logística (transporte e armazenamento de grãos) do país, o que
encarece a principal matéria-prima para a produção de aves e
suínos. “Isso tem aumentado o custo de produção das empresas e,
consequentemente, diminuído a rentabilidade dos produtores”,
justifica o dirigente.
Carta de Estrela
Diante deste preocupante cenário, o seminário aponta as seguintes
propostas:
-
Que seja aprovado o PL 330/2011, que regulamenta o sistema de integração
agropecuária e estabelece direitos e deveres de produtores
integrados e empresas integradoras; -
Que o governo crie mecanismos de regulamentação propiciando regras
para as exportações e entre o comércio nacional de carnes de aves
e suínos, auxiliando as empresas e os agricultores; -
Que sejam ampliadas as linhas de crédito rural com recursos subsidiados
aos agricultores familiares, com aval da integradora, baseado em
projeto técnico de viabilidade econômica do empreendimento e
margem de lucratividade ao produtor, possibilitando investimentos
para adequação e automação de granjas; -
Que os investimentos em logística e infraestrutura sejam prioritários,
melhorando e ampliando o sistema de armazenamento e transporte de
grãos das regiões produtoras para as regiões consumidoras (linhas
férreas e acessos rodoviários e hidroviários, armazenagem); -
Que o governo crie e implemente um programa de seguro, que possa
garantir uma renda mínima aos produtores integrados, caso o
agricultor fique desamparado pela integradora; -
Que as empresas integradoras valorizem mais o produtor integrado,
tornando-o realmente um parceiro e não um mero cumpridor de ordens,
e que seja garantido um preço mínimo que cubra o custo de produção
e margem de lucratividade. -
Que as empresas implantem um sistema de pagamento em que as regras sejam
claras e realmente o produtor receba pelo produto produzido,
valorizando o seu trabalho e empenho, uma vez que se trata de uma
mão de obra especializada e de baixo custo; -
Que as empresas assumam a responsabilidade ambiental juntamente com o
integrado pela produção; e -
Fomento à autossuficiência na produção de milho no Estado, bem como a
regionalização do preço mínimo.
Estrela, 13 de agosto de 2013
Mais informações: Carlos Joel da Silva (51) 9314-5750
Assessoria de Imprensa – 13/08/2013 – Luiz Fernando Boaz (51) 9314-5699