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Fetag realiza balanço do ano e projeta 2014

A Fetag realizou hoje (13) o seu tradicional balanço de final de ano e as projeções para 2014 em uma coletiva na Capital. O presidente da Fetag, Elton Weber, abriu a entrevista dizendo que o ano de 2013, certamente, ficará marcado pela safra generosa e pelas cotações aquecidas dos principais produtos agrícolas. Diferentemente de outros anos, não houve frustração de safra e a produtividade superou as expectativas, principalmente nas culturas da soja e do trigo.
Safra – 28,27 milhões toneladas (35,3% superior a safra anterior)
Soja – 12,53 milhões toneladas
Milho – 5,38 milhões toneladas
Arroz -7,93 milhões toneladas
Em relação ao Plano Safra, o dirigente disse que ocorreu aumento de recursos para o crédito rural, mas não aconteceu avanço em aspectos considerados estruturantes, tais como o Seguro Agrícola e a Política de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF).
A safra farta de 2013 e as previsões indicando mais uma safra acima da média em 2014, bem como os preços aquecidos dos principais produtos agrícolas, são motivos de otimismo para o agricultor. Porém, adverte Weber, não devem ser confundidos com euforia, pois os custos de produção (combustíveis, fertilizantes e defensivos) igualmente apresentaram aumentos significativos, o que compromete a rentabilidade do setor.
Acompanhe, a seguir, os principais pontos da entrevista:
Emplacamento de tratores – A Fetag conseguiu adiar a entrada em vigor das exigências para dezembro de 2014;
Meio Ambiente – Assinatura do Convênio entre Fetag e Ministério do Meio Ambiente que trata do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Em janeiro, começa o treinamento dos dirigentes e funcionários de STR`s para auxiliar no preenchimento do cadastro.
Assalariados Rurais – A Fetag avançou nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCT), totalizando 129, com índice médio de reposição de 10,40%.
Aniversário da Fetag – O ano de 2013 marcou os 50 anos da Federação. Foram 23 eventos regionais ressaltando e valorizando as conquistas do movimento sindical. No dia 6 de outubro aconteceu a grande festa com a participação de mais de 3 mil pessoas no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Na ocasião houve o sorteio de 114 prêmios da Campanha de Sindicalização, entre os quais dois tratores, dois carros, duas motos, material de construção no valor de R$ 27 mil, poupanças e notebooks.
Saúde – A Fetag, junto com o Departamento de Ouvidoria Geral (Doges/SGEP/ Ministério da Saúde) promoveu nos meses de junho e julho um projeto de oito Oficinas de Escuta Itinerante e dois seminários envolvendo duas regionais – Alto Taquari e Serra do Alto Taquari, totalizando 34 municípios, 1.000 agricultores, com o objetivo de identificar os problemas vividos e sentidos, bem como o grau de satisfação em relação à qualidade do atendimento na saúde pública municipal. A Fetag aguarda o resultado da pesquisa.
Deste projeto foi lançada a 1ª Revista da Saúde com o título Sistema Único de Saúde: um direito à vida humana. A tiragem foi de 4 mil exemplares distribuídos em todas as 23 regionais.
Educação – A Fetag tem um trabalho junto ao MDA, Pronatec Campo, sendo que já está na segunda pactuação com mais de 700 jovens filhos de agricultores. E a participação de 22 escolas do campo com experiências exitosas, sendo o 13º ano de presença na Expointer.
Habitação Rural – Em 2013 foram construídas, através da Coohaf, duas mil casas novas para agricultores familiares (sendo 1,8 mil pela Caixa Econômica Federal e 200 pelo Banco do Brasil). Também em parceria com o governo do Estado, os agricultores passaram a contar, a partir de 28 de novembro, de uma contrapartida de R$ 3 mil para mão de obra.
Preocupações – Os programas de acesso à terra (reforma agrária e crédito fundiário) sofreram pela paralisia do governo federal. O programa de crédito fundiário está parado desde o início do ano e o último assentamento da reforma agrária no RS foi em 2009.
Demarcações – O ano também foi marcado pelo acirramento de ânimos relacionados à demarcação de terras indígenas, trazendo insegurança e pavor a milhares de agricultores familiares, que estão na eminência de perder suas terras, as quais foram adquiridas a dezenas de anos e ocupadas pela agricultura familiar há gerações.
Infraestrutura – A infraestrutura no meio rural continua com sérias deficiências principalmente na questão da eletrificação e telefonia na área rural. Mesmo que tenha aumentado o investimento nestas áreas, o problema persiste em dezenas de municípios.
Suasa – Os programas do Suasa e do Susaf continuam apenas funcionando na teoria, pois na prática as agroindústrias familiares não conseguem aderir aos respectivos programas, o que possibilita ampliar o acesso a mercados regionais.
Assessoria de Imprensa – 13/12/2013