NOTÍCIAS

Fumo: rigor na classificação prejudica produtor

A representação dos produtores de fumo dos três estados do Sul esteve reunida no dia 16, em Santa Cruz do Sul, com seis indústrias – Souza Cruz, Philip Morris, JTI, Universal, Aliance One e a China Tabacos do Brasil para tratar sobre a classificação do tabaco, que está sendo considerada muito rigorosa pelos produtores no momento da passagem do produto pelas esteiras. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, disse que esse expediente adotado pelas indústrias tira qualquer possibilidade de lucratividade dos agricultores. O dirigente lembra que no começo da venda da safra, havia produtores que receberam entre R$ 130,00 a R$ 140,00 a arroba, ao contrário de hoje, que caiu para R$ 115,00.
As lideranças querem atacar as consequências dos problemas. Embora as indústrias não aceitassem se reunir de forma conjunta com as demais, Joel diz que o encontro aconteceu há alguns dias e os representantes dos fumicultores alertaram os empresários que a cadeia fumageira está indo na contramão do mundo. “Enquanto todos os países aumentam a produção, inclusive o Brasil, sabemos que não há mercado para colocar todo esse produto, seguimos perdendo mercado. A indústria se antecipa e informa que os estoques ficarão ainda maiores e, consequentemente, os preços despencarão”, observa. Ao mesmo tempo, continua Joel, existem indústrias indo a campo e orientando os fumicultores a não reduzirem a área, enquanto as entidades dizem o contrário. Esse foi outro ponto em discussão com as fumageiras, fato que motivou as lideranças a questionarem qual a política que vai ser adotada na próxima safra. “Na reunião do dia 16, eles trouxeram propostas que contemplem a fumicultura como um todo. Concordaram com a necessidade de reduzir e readequar a produção à realidade”, conta.
A reaproximação de valores entre as classes do tabaco, que ao longo dos anos cresce conforme o índice, ou seja, cada vez aumenta a distância do preço do melhor fumo com o de pior qualidade. “Queremos reaproximar os valores de cada classe para que não haja diferença grande entre elas. Aqui também foi dado aval positivo pelos empresários”, disse.A revisão dos critérios para o estabelecimento do custo de produção foi outro ponto debatido. Esse trabalho vai iniciar junto à Souza Cruz, no sentido de que se entre em um acordo para que o custo de produção possa ser levantado de forma conjunta e, com isso, num futuro próximo, seja possível acenar já no mês de junho ou julho o preço de referência para em dezembro ou janeiro, quando começa a comercialização da safra. Até o fim de junho a representação dos produtores irá se reunir para definir como pretende tratar o custo de produção. E nos dias 10 e 11 de julho a pauta do fumo entra na reunião da Comissão Estadual dos Integrados da Fetag.

Mais informações: Carlos Joel da Silva (51) 9314-5750

Assessoria de Imprensa – 18/06/2014