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Fetag entrega pauta a governos estadual e federal

Entra ano e sai ano, e o Rio Grande do Sul segue enfrentando prejuízos decorrentes de secas e enchentes. Os trabalhadores rurais contabilizam, mais uma vez, perdas significativas e uma das principais dificuldades é a alimentação dos animais pela precariedade das estradas e o acesso às propriedades. Se a ração não está chegando, o leite não está saindo da propriedade, pelo mesmo motivo. A quantidade excessiva de água também impede o plantio do trigo e prejudica o desenvolvimento das pastagens de inverno, o que atinge a bovinocultura leiteira. A Fetag entregou hoje (3) uma pauta com reivindicações aos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ontem o documento foi entregue ao governador Tarso Genro.
O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, disse que a entidade está acompanhando com muita preocupação todos esses problemas, pois são mais de 90 municípios atingidos no Estado, em especial na Região Noroeste, com perdas irreparáveis aos agricultores e nas cidades. “Houve danos nas moradias, em produtos armazenados nos galpões e lavouras”, disse. No caso do trigo, explica Joel, nos deparamos com três situações: quem plantou a resta alguma coisa; outros que a água levou tudo; e quem ainda tem adubos, sementes no galpão e uma dívida no banco.Diante de todo esse contexto, o presidente conta que a Fetag elaborou uma pauta com reivindicações e no dia 2 de julho foi discutida com o governo gaúcho e Famurs. No dia 3 foi a vez de entregar essa pauta em Brasília, onde a Fetag esteve representada por Alberto Broch, presidente da Contag.

A pauta é a seguinte:

Trigo – Prorrogação do prazo do zoneamento agrícola do trigo;
Pecuária leiteira – Ampliar a oferta de sementes para a implantação forrageiras, bem como ampliar o bônus para pagamento das sementes dos produtores atingidos que retiraram sementes do Programa Troca-troca de Forrageiras de Inverno;
Estradas – O acesso às propriedades, bem como o escoamento da produção leiteira e de outros produtos agropecuários merecem atenção especial dos órgãos competentes, uma vez que elas foram muito prejudicadas com as enxurradas. A celebração de convênios entre municípios, Estado e União torna-se necessária para viabilizar uma força-tarefa para recuperar a infraestrutura e a rede viária dos municípios, bem como disponibilização de combustível para as máquinas do PAC para os municípios contemplados;
Solo – Liberação de recursos por partes dos governos estadual e federal para recuperação do solo degradado pelas enxurradas;
Infraestrutura – Liberação de recursos para reforma de infraestrutura da propriedade, já que muitas terão que ser reconstruídas, inclusive residências;
Mobiliário da casa – Recursos similares ao Programa Minha Casa Melhor, para as famílias que perderam os móveis e eletroeletrônicos com as enchentes;
Alimentação animal – Liberação de recursos pelos governos estadual e federal para aquisição de alimentos para os animais, tais como feno, milho, silagem e ração.
Pescadores – Liberação de recursos para seguro defeso, aos pescadores afetados com as enchentes;
Recursos – Propostas de isenção das parcelas de recursos públicos vincendos em 2014;Energia elétrica – Proposta de isenção de tarifas de energia elétrica durante alguns meses;
Cestas básicas – Disponibilização de cestas básicas para as famílias afetadas;
Meio Ambiente – Programas de recuperação ambiental para recompor as margens de rios e riachos devastados pelas águas; e
Vazão de águas – Revisão dos fluxos de liberação/operação das hidrelétricas para evitar oscilação extrema das águas.
A Federação lembra que para toda e qualquer ação legal, especialmente repasse de recursos, é imprescindível o decreto de emergência homologado pela Defesa Civil. Para dar continuidade nas negociações será realizada uma reunião na próxima terça-feira, dia 8 de julho, no Palácio Piratini.

Mais informações: Carlos Joel da Silva (51) 9314-5750

Assessoria de Imprensa – 03/07/2014