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O espaço das Experiências Exitosas em Educação do Campo já é tradicional na Expointer e, com agroindústrias e artesanatos, atrai visitantes curiosos sobre esse jeito diferente de ensinar e aprender. Além de cumprir as exigências curriculares como qualquer outro colégio, as escolas do campo, sejam elas de ensino fundamental, médio ou técnico, têm ênfase para uma educação voltada para o modo de vida daquelas crianças e jovens. É um olhar para o próprio umbigo para aproximar escola, família e comunidade e, quem sabe, espantar de vez o fantasma da evasão do meio rural.
O professor Luiz Carlos Marmicz, da Escola Estadual Técnica Guaramano, Centro Estadual de Referência em Educação Profissional de Guarani das Missões, diz que esse ensino diferenciado não assegura a manutenção dos jovens no campo, «mas cria o gosto pela atividade agrícola e pela produção de alimentos». Aluno do 3º Ano, Magdiel Antônio Reghelin, natural de Tucunduva, relata que sua turma desenvolve um trabalho de orientação e supervisão dos alunos da 7ª e 8ª série. Contou também que toda a produção orgânica da horta fica na própria escola, que tem 190 alunos no regime de internato. Questionado se pretende permanecer no campo, Magdiel não tem certeza. Ele vai prestar vestibular para Zootecnia no final do ano e garante que o aprendizado jamais será esquecido ou abandonado.
De Alpreste, duas escolas estiveram presentes no espaço das experiências na Expointer. A Escola Estadual de Ensino Fundamental Tomé de Souza, através da professora Salete Mariotti e da aluna Marlise Novak, 14 anos, da 8ª série, exibiram material da horta orgânica. Do mesmo município, a professora Juliana Márcia Piotrovski e a estudante da 8ª série Inaê Somensi, de 13 anos, da Escola Carlos Becker, apresentaram seus cogumelos comestíveis, além do minimuseu da Língua Portuguesa. As meninas Andressa Boni e Anaís Scapini, ambas com 14 anos e alunas da 8ª série da Escola Estadual de Ensino Fundamental General Osório, de Tenente Portela, falaram sobre o trabalho que realizam na horta, no plantio de árvores, no projeto de nascentes e na trilha ecológica, que abrangem os 91 alunos do ensino fundamental. Acompanhadas da professora Clair Boni Menegazzi, apesar de adorarem as atividades na escola, ainda estão incertas sobre o futuro.
Ideia parecida tem Rafaela Potrich, 15 anos, do 2º ano do Ensino Médio Politécnico, em Doutor Ricardo, que relatou o projeto de ervas medicinais como gerador de sustentabilidade para manter os jovens no campo. Ela diz que as vivências da escola a fizeram olhar de outro modo a vida no meio rural, mas pretende cursar Medicina quando concluir o ensino médio. A professora Silvana Betella Diehl também esteve na feira. 

ARCAFAR
A Arcafar-RS, de Frederico Westphalen, trouxe até a Expointer o Carneiro Hidráulico, que é uma bomba hidráulica fabricada com material reciclável, incluindo um litrão pet, instalada numa fonte, com cano pvc, 3/4, a oito metros de distância mínima, com caimento de um metro de altura, tocando água a nove metros de altura. O invento é resultado de pesquisa e feito com uma bomba de ferro fundido antiga, localizada numa propriedade abandonada. Conforme o professor Venildo Turra, a bomba tem um custo baixíssimo e consome apenas água. «Sua manutenção é quase zero, funcionando dia e noite, ajudando ainda a agroecologia».

APRESENTAÇÕES
Também as apresentações culturais são trazidas pelas escolas à feira. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Wendulino Gewerh e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Isabel Luiza Bittencourt, através da professora Valquíria Silveira Gutknecht e 24 alunos, entre meninos e meninas, encantaram com seus trajes e danças alemãs. Também de Bom Retiro Sul, a Banda Jovem apresentou repertório variado – a banda integra o Projeto Canteiro Mais Cultura, e tem o apoio da comunidade escolar, de associações culturais e da Secretaria Estadual de Educação.

Assessoria de Imprensa – 2/09/2014