NOTÍCIAS

Lideranças viram o jogo e COP 6 favorece produtor

O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, esteve em Moscou durante os dias 13 a 18 de outubro, onde participou da COP 6 – a Conferência das Partes da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS). Após um começo bastante tumultuado, quando a delegação gaúcha e os demais representantes de produtores e indústrias foram impedidos de participar das plenárias, inclusive os jornalistas, a pressão das lideranças junto à imprensa, deputados e senadores fez com que o Brasil mudou sua forma de pensar a passou a defender os agricultores, isto é, diminuir o consumo e não mais restringir o plantio. 
Conforme Joel, o governo brasileiro em vez de apoiar a erradicação da cultura fumageira, entendeu que a diversificação por vontade própria do fumicultor era a melhor saída. Além disso, não restringir os financiamentos públicos aos agricultores e, ainda, não criar mais impostos, pois era especulada uma alíquota única de no mínimo 70% de impostos federais sobre o fumo, mais os estaduais, o que elevaria o custo do tabaco brasileiro em mais de 142%. “O Brasil entendeu que não poderia se posicionar contrário aos interesses do próprio país”, disse.
Joel lembra que a semana em Moscou iniciou bastante tumultuada, porém ela foi encerrada comemorando os resultados positivos. “Sem dúvida uma vitória que deixa o produtor tranquilo. Agora, vai ocorrer um trabalho forte das federações com o governo para criar um programa de diversificação brando, sem prazo e livres de ameaças do corte de financiamentos de investimento via Pronaf. A grande conquista é que em vez de erradicar, se diversifica; e, ao contrário de trabalhar a redução do plantio, o governo vai centralizar o foco na diminuição do consumo. Os malefícios à saúde serão atacados através de programas para as pessoas deixarem de fumar. Enquanto se restringe o plantio, aumenta o contrabando e o que é muito pior em função da procedência. Então, consideramos fundamental a participação em Moscou, as pressões aqui no Brasil com a imprensa, divulgando o que ocorria por lá e com os parlamentares pressionando, o que ajudou na mudança de diretrizes do governo brasileiro”, acentuou. 

Assessoria de Imprensa – 20/10/2014