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Plano Safra 2020/2021 não valoriza a agricultura familiar

Nesta quarta-feira (17), o governo federal anunciou o Plano Safra 2020/2021, em evento que foi transmitido pela internet. Diretores e assessores da FETAG-RS estiveram reunidos para acompanhar o anúncio.

 

Na transmissão o presidente da República Jair Bolsonaro e sua equipe fizeram o anúncio oficial do plano e dos valores que o governo destinará para a safra 2020/2021. No entanto, o detalhamento será realizado na manhã desta quinta-feira (18), pelo Ministério da Agricultura.

 

Durante o anúncio, o secretário de política agrícola do MAPA, Eduardo Sampaio, apresentou taxas para o PRONAF que variam entre 2,75% e 4% ao ano. No ano passado, elas variaram entre 3% e 4,6% ao ano. No PRONAMP serão de 5% para custeio e 6% para investimento ao ano.

 

Na avaliação do presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, “o anúncio traz pontos positivos em relação aos valores disponibilizados e no aumento considerável para o seguro rural, bem como para o PGPAF, porém, a decepção veio na taxa de juros e também na falta de anúncios para o crédito fundiário. Esperamos ainda que o fortalecimento também aconteça no Proagro, política de suma importância para a agricultura familiar”.

 

 

Para Joel, mesmo reconhecendo o esforço da ministra Tereza Cristina e da Frente Parlamentar da Agricultura e da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar em baixar as taxas de juros, a proposta não foi acolhida pelo Ministério da Economia e pelo Governo. “Não podemos concordar que os agricultores paguem taxas de juros acima da taxa Selic, que hoje é de 3% com previsão de queda para 2,25% ao ano. Isto é não priorizar os agricultores e os pecuaristas, principalmente os familiares, que mantém o Brasil de pé. Esperávamos um reconhecimento maior por parte do governo, o que acabou novamente não ocorrendo”.