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Tabaco ganha valorização com abertura oficial

     Pela primeira vez será realizada a Abertura Oficial da Colheita do Tabaco. A exemplo de outras culturas no Estado, como o arroz, a soja, o milho e o trigo, o tabaco também terá um evento específico. A data escolhida foi o dia 27, próxima sexta-feira, às 15h, na propriedade do produtor Antônio Alcir Coutinho, de Estância Nova, no quilômetro 64 da RS-287, em Venâncio Aires. O governador José Ivo Sartori irá acompanhado do secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) e Ernani Polo. O presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, também estará presente.
     Realizada próxima ao Dia do Produtor de Tabaco, comemorado em 28 de outubro, a festividade também celebra a importância das 150 mil famílias dedicadas à produção. Para Joel, a fumicultura é muito forte em diversas regiões do Estado, fundamental para a sobrevivência de toda cadeia fumageira e vem sendo discriminado devido aos seus malefícios. Ao mesmo tempo, continua o dirigente, não é olhada a questão social e o que a cultura proporciona ao produtor. “Talvez o álcool faça mais mal à saúde do que o próprio cigarro, porém não tem a mesma força de combate que tem a fumicultura. A abertura da colheita valorizará a atividade, que tem uma importância enorme na economia do Rio Grande do Sul”, justificou.
     O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, por sua vez, observa que a abertura da colheita e o dia do produtor são marcos importantes para homenagear esses homens e mulheres, que lutam diariamente pelo seu sustento e que não são apenas produtores de tabaco, mas sim gestores de pequenas propriedades, que plantam e colhem alimentos, criam animais, geram riqueza para os municípios e Estados. “São momentos que resgatam o orgulho do produtor”, avalia.
     A programação deverá contemplar uma demonstração da colheita. Para Schünke, o início da colheita deve ser encarado também de forma consciente. “Já estamos há alguns anos conscientizando os produtores sobre a importância do uso da vestimenta de colheita para a prevenção da Doença da Folha Verde do Tabaco. Pesquisas científicas comprovaram que a proteção chega a 98%”, reforça. A vestimenta, composta por calça e blusa leves e impermeáveis e luvas de nitrila, evita a absorção dérmica de nicotina.
A abertura oficial é uma iniciativa da Seapi, com o apoio do SindiTabaco, Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e Prefeitura de Venâncio Aires.

     DIVERSIFICAÇÃO

    Durante a Abertura Oficial da Colheita do Tabaco também ocorre a renovação do convênio do Programa Milho, Feijão e Pastagens no Rio Grande do Sul, que envolve o SindiTabaco, as secretarias estaduais de Agricultura e do Desenvolvimento Rural, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAG/RS), a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e a Afubra. O programa, que incentiva o cultivo de grãos e pastagem pós-colheita do tabaco, terá continuidade em Santa Catarina e no Paraná. Na safrinha de 2017, a diversificação rendeu aos produtores R$ 415 milhões em milho, R$ 128 milhões em feijão e R$ 57 milhões em soja.

     SETOR TABACO

  1.     O Brasil é o 1º no ranking mundial de exportações de tabaco em folha há 24 anos e atualmente responde por 30% das exportações mundiais;
  2. O Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT) é responsável por esta liderança, pois prima pela qualidade e a integridade do produto, com assistência técnica e garantia de compra aos produtores;
  3. Em 2016, foram embarcadas 483 mil toneladas, com valor total de US$ 2,12 bilhões, para 90 países, sendo parte importante da balança comercial brasileira, assim como na geração de renda e empregos para centenas de municípios;
  4. O Brasil é o 2º maior produtor mundial de tabaco, atrás somente da China;
  5. Na última safra foram produzidas 686 mil toneladas nos 299 mil hectares plantados;
  6. A produção sustentável, com observância às boas práticas, faz com que o tabaco brasileiro esteja entre os mais procurados pelos clientes internacionais;
  7. Somente na indústria, são 40 mil empregos diretos; no campo, 600 mil pessoas estão envolvidas com a cultura em 566 municípios da Região Sul;
  8. Na última safra, a Afubra estima uma receita de R$ 6,09 bilhões a 150 mil famílias produtoras;
  9. Pesquisa do perfil socioeconômico do produtor de tabaco, conduzida pela UFRGS, concluiu que 80,4% dos pequenos produtores de tabaco estão nas classes A e B; e
  10. O setor é responsável pela geração de R$ 13,2 bilhões em impostos arrecadados anualmente.(Informações: Sinditabaco)

Assessoria de Imprensa – 24/10/2017 – Luiz Boaz (51) 9 9314-5699