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Educação do campo para o campo

A educação do campo é fundamental para manter os jovens no meio rural e encaminhar, ali adiante, a sucessão rural. Foi preocupado com essa situação que um grupo de nove pessoas do MSTTR esteve na 21a Coordenadoria de Educação de Três Passos, quando foi recebido pelo coordenador regional de educação, Clovis Baraldi Machado, pela coordenadora adjunta Lurdes Dresh e pela coordenadora das escolas do campo, Maria Lurdes Pedrolo. O coordenador da Macro Regional Fronteira Noroeste, José Prestes, lembrou que a pauta foi construída ao longo do ano em conjunto com todas as forças vivas que compõe a educação do campo. Lurdes relatou que eles têm enfrentado situações difíceis para as escolas do campo com qualidade, transporte adequado e merenda oriunda das cooperativas. A diretora e tesoureira-geral da Fetag, Elisete Hintz, disse da importância do Grito de Alerta para dar visibilidade das causas dos agricultores familiares para a sociedade. Falou do documento que estava sendo entregue, com cinco eixos, dentre os quais, educação do campo, enfatizando que a pauta é estadual e não restrita apenas a Três Passos. E falou da necessidade de disciplina sobre agricultura de subsistência currículo escolar. Elisete também colocou à disposição pessoal do MSTTR para falar sobre políticas públicas e ressaltou a importância da desburocratização das exigências do Conselho Estadual de Educação para certificação das Casas Familiares Rurais, além da possibilidade da Casa Familiar Rural ocupar o espaço de uma escola do campo em funcionamento, a fim de usufruir da estrutura física desse espaço e da alimentação dos jovens que estarão em regime de internato, fornecendo a certificação de Ensino Médio.

Entendendo a reivindicação dos agricultores, Maria Lurdes encaminhou ofício às escolas urbanas e rurais solicitando que os alunos sejam liberados para participar da mobilização do Grito, desde que os pais se responsabilizem. Os professores também poderão participar da atividade. Para o presidente do STR de Três Passos, Erhardt Hepp, a união de forças do movimento sindical e das pessoas que pensam a educação do campo trata da importância da produção de subsistência com qualidade. Prestes reiterou a necessidade de disciplinas voltadas para os filhos de agricultores, “já que a região é essencialmente agrícola e de minifúndios”. Maria Lurdes argumentou que as escolas trabalham com projetos e toda a comunidade é envolvida, visto que o Conselho de Educação não entende que a inclusão deve ser feita com matéria específica e sim em áreas de conhecimento.

 

Assessoria de imprensa – 11/05/2016

De Três Passos, Izabel Rachelle (51) 9325-2162