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Fetar realiza assembleia e direção visita regionais

     A Fetar realizou no dia 2 de março sua primeira assembleia geral com  a participação de seus oito Sindicatos dos Trabalhadores Rurais associados, ocasião em foi discutido todo o processo de andamento de organização da Federação e o encaminhamento do Registro Sindical junto ao Ministério do Trabalho e Emprego. Além disso, foi tratado ainda a homologação dos STR`s filiados, que são Bagé, Livramento, Uruguaiana, Itaqui, São Borja, Vacaria, Arroio Grande e Santa Vitória do Palmar.
     Conforme o presidente da Fetar, Nelson Wild, o ponto alto da assembleia foi o planejamento com as prioridades para os dois próximos anos de administração da diretoria. As ações foram centradas na informalidade no campo que, segundo Wild, infelizmente cresceu 0,5% na área rural do RS, embora todo o trabalho ao longo de 22 anos que a Fetag realizou através do Departamento de Assalariados Rurais. Ao mesmo tempo, destaca o dirigente, o avanço nas Convenções Coletivas de Trabalho, estimular a organização de sindicatos específicos e a apresentação da Fetar as 23 Regionais Sindicais da Fetag também já começa a ser trabalhado. A primeira visita foi à Regional Sinos Serra.
     Além disso, a Fetar vai trabalhar eventos específicos de saúde e segurança do trabalhador. “Acontecem inúmeros acidentes de trabalho e intoxicações por agrotóxicos, falta de uso de equipamentos de proteção individual e mesmo o desconhecimento da legislação.

     PISO NO RS
     Mesmo após amplo trabalho e esforço da CTB, com outras centrais sindicais, a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei enviado pelo Governo do Estado, que reajusta o Mínimo Regional em 9,61% – índice inferior à inflação de 2015, registrada em mais de 11%. As entidades representativas dos trabalhadores deixaram o plenário, no final da tarde do dia 1º de março, decepcionadas com a decisão da maioria dos deputados gaúchos. Wild achou altamente negativo o índice, lamentou e viu com muita tristeza o governo não repor pelo menos o índice de perda, isto é, 11,31%.
     A esperança das centrais sindicais era a emenda do deputado Elton Weber (PSB), que de acordo com o próprio parlamentar não contrariava a proposta do governo, mas sim aperfeiçoava o texto, ao aprovar os 9,6% retroativos à data-base do Mínimo Regional (1º/2) e atualizar o valor no dia 1º de maio em mais 1,55%, totalizando um reajuste semelhante ao índice da inflação. Na votação sobre o texto do governo ter prioridade de votação houve empate (25 votos favoráveis e 25 votos contrários), ficando a decisão a cargo da presidente da Assembleia, Silvana Covatti, que seguiu orientação de sua bancada e votou contrária a um reajuste maior para os trabalhadores. Com o resultado, a emeda de Weber caiu e o PL do Governo foi aprovado por 38 votos a 3.
     Para o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, que acompanhou toda a votação, dois erros cruciais podem ser apontados desde o envio do PL a Assembleia. O primeiro diz respeito ao índice definido pelo governo, que pela primeira vez na história do Estado foi abaixo da inflação. O segundo se refere à falta de sensibilidade dos parlamentares que não elevaram o percentual de reajuste a fim de que, pelo menos, o poder de compra da classe trabalhadora fosse mantido.
     “O que foi aprovado é um retrocesso. A CTB denunciará publicamente os deputados que votaram contra os trabalhadores e, também, aqueles que se abstiveram da votação. A sociedade precisa saber quem são os parlamentares que ajudaram os empresários e prejudicaram, diretamente, mais de 1,3 milhão de trabalhadores, que já são fragilizados por não contarem com representação sindical efetiva”, afirmou Vidor.
     Confira como ficam os novos valores das faixas com o reajuste de 9,6%:
Faixa I – R$ 1.103,66
Faixa II – R$ 1.129,07
Faixa III – R$ 1.154,68
Faixa IV – R$1.200,28
Faixa V – R$ 1.398,65

Assessoria de Imprensa – 08/03/2016