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Vacaria terá Comissão Municipal de Jovens

Cerca de 20 jovens participaram de encontro no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vacaria e Muitos Capões, no dia 17 de novembro, para discutir infraestrutura, comunicação e internet, entre outros assuntos, objetivando dar voz ao jovem, integrando cada um como parte do STR e do movimento sindical. Como resultado, foi criada uma comissão para fortalecer o movimento jovem, a fim de que possam reivindicar direitos e melhorias para a permanência no interior.

De forma muito descontraída, os jovens participantes discutiram pontos importantes para a continuar a viver no campo, concordando com a ideia de criar a Comissão Municipal de Jovens que, muito em breve, se consolidará para a realização de atividades. A diretoria provisória é composta por Giovane Vanzetto, presidente; Cleiton Marcolin, vice e; Jeferson V. de Carvalho, secretário.

Sérgio Poletto, presidente do STR de Vacaria e Muitos Capões, avaliou o encontro de forma positiva. “Os jovens trouxeram questões como a troca de experiências, intercâmbios, visitar outras realidades do nosso estado, buscando novidades e, em nível estadual, participar de gincanas e jogos rurais, com o meio sindical e a regional”. Poletto acrescenta que o STR de Vacaria e Muitos Capões está dando todo o apoio para que a comissão consolide-se, “pois quando falamos em sucessão rural, temos que considerar a participação do jovem neste processo, que é fundamental”.

Representando a Regional Sindical Sinos Serra, o coordenador regional de jovens, Kelvin Nath e o assessor José Teixeira dos Reis Júnior, enalteceram o encontro. Kelvin assegurou que o evento foi de grande valia, “pois consolidamos juntamento com os dirigentes do STR de Vacaria mais uma comissão municipal com agenda de planejamento de atividades para 2016, marcada para o dia 23 de janeiro. José diz que “trabalhamos hoje com a juventude e conseguimos realizar vários encaminhamentos, como a proposta de oferecer hoje o sindicato aos jovens. Nós gostamos muito de falar em sucessão, que o jovem fique na agricultura, mas nunca pensamos o inverso, em nos colocarmos no lugar deles”. Ele defende que o movimento sindical deve ter a preocupação com o que pode ser oferecido para os jovens.

 

DEPOIMENTOS

O jovem Volnei, morador da Comunidade de Fátima – Fazenda da Estrela pontua: “Nós estamos tentando buscar meios para manter o jovem no interior. Nesse encontro, aprendemos sobre entidades do STR, o funcionamento sindical e isso foi interessante, porque conhecemos situações de outras entidades e regiões lá pra cima que, às vezes, a gente pensa uma coisa deles e eles pensam outra da gente… Na verdade, não muda muita coisa entre eles e nós. Fiquei bem satisfeito com o encontro e espero participar mais vezes”.

Cleiton Marcolin, da Comunidade de Itacolomi, diz que a reunião foi muito proveitosa. “Foi um começo, diversos pontos aqui foram abrangidos, tudo partindo da permanência do jovem no interior. Foram criadas propostas para a permanência, como a internet no interior, que todos os jovens buscam por isso hoje, alguma coisa de lazer, melhores estradas. Foi um começo muito bonito, mas pretendemos ir mais longe, juntar mais gente, que é a união que faz a força! Vejo um grande grupo, que vai render bons frutos, a gente vai mostrar a nossa cara, mostrar que o jovem existe ainda na agricultura, que a gente permanece e quer continuar nosso trabalho, continuar alimentando a sociedade`.

A jovem Hélia Martins, natural de Tocantins, conta que esteve à frente do movimento sindical em Palmas. “Trabalhava num viveiro, reproduzindo mudas de eucalipto e também de outras plantas, exportando pra outras cidades e também para o Rio Grande do Sul. Como presidente, eu viajei bastante com o pessoal, fui a Brasília, estive presente no evento dos assalariados e agora, morando aqui em Vacaria, vejo a enorme diferença. A agricultura daqui é muito mais desenvolvida, aqui o pessoal ajuda, o sindicato vai atrás e consegue as coisas. Lá as coisas são mais difíceis. Gostei muito da reunião de hoje, foi maravilhosa, parecida com as que a gente fazia no meu estado, mas lá tudo era muito mais difícil, desde a locomoção das pessoas do sítio para a cidade, e até mesmo a falta de interesse das pessoas. As vezes nossas reuniões tinham apenas duas, três pessoas. Esse grupo que nasceu hoje tem muito futuro”.

Flávia Poletto avalia o encontro como muito bom: “Viemos conhecer um pouco mais do sindicato porque, como associada, conhecia mais a parte de médicos e advocacia. Sobre o movimento sindical não, então foi muito bom, muito produtivo. As dinâmicas foram muito legais, cada um com suas ideias, misturando as fazer, tentar atrair mais jovens e buscar que esse movimento aumente”.

José Teixeira dos Reis Júnior afirma: “Eu acredito que aqui está nascendo um grande grupo de jovens. Essa juventude que hoje esteve aqui dará um grande grupo e, com certeza, vai reivindicar melhorias não só para os jovens na agricultura familiar, mas também atividades para a construção de políticas públicas para manutenção e permanência do jovem no meio rural”. Teixeira aponta ainda a deliberação de algumas questões que vêm sendo discutidas pelos deputados que representam o movimento sindical m Brasília, principalmente a questão de infraestrutura no meio rural, como telefonia, comunicação e internet: “O jovem hoje tem necessidade de estar no mundo virtual. Isso faz parte do meio dele, no seu dia a dia e ele sente falta disso no meio rural. Essa é uma bandeira de luta inclusive do movimento sindical” – resume.

 

ATER

No mesmo dia, mas no turno da tarde, cerca de 10 famílias assistidas pela ATER avaliaram os serviços prestados pelo sindicato e discutiram o que poderia ser melhorado. Ainda houve encaminhamento de como essas famílias querem a ATER daqui para frente. José Teixeira diz que o trabalho realizado junto as famílias foi valioso pois as discussões atenderam os objetivos do projeto regional de ATER.

Assessoria de imprensa – 24/11/2015