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Sucessão Rural é a tônica no Encontro de Gerações

Propiciar um momento para troca de experiências entre jovens e terceira idade motivou a Fetag a realizar o 1° Encontro Estadual de Gerações durante os dias 16, 17 e 18 de setembro em Santa Cruz do Sul, na Regional Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí. A Comissão Estadual dos Aposentados Rurais convidou a Comissão Estadual de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CEJTTR) a participar deste evento ampliado, que conta com a participação de 80 pessoas, inclusive com a Contag.
A diretora responsável pela Terceira Idade na Fetag, Elisete Hintz, conta que esse é um momento histórico na Federação, oportunidade em que duas Comissões são desafiadas de como continuar com a sucessão rural e familiar no Movimento Sindical dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais – MSTTR. “Este é o primeiro encontro de gerações e acreditamos que a partir dele daremos o primeiro passo para um movimento mais integrado, participativo e que de fato encontre caminhos para a sucessão do meio rural”, justifica.
Esta é a quarta vez que a Comissão Estadual de Aposentados Rurais promove o encontro descentralizado. A primeira vez foi em Santa Maria, depois em XV de Novembro, Santo Cristo e agora em Santa Cruz do Sul.
Ao mesmo tempo, a coordenadora estadual de Jovens da Fetag, Josiane Einloft, aposta bastante na aproximação das gerações para fixar o jovem no campo. Para ela, quando se trata de sucessão familiar é a juventude e a terceira idade que se aproximam. “São gerações e pensamentos diferentes e essas discussões não podem se tornar em conflito, mas sim que se mostre a experiência da terceira idade com a inovação da juventude. O processo sucessório dentro da propriedade ainda não trabalha para o sucessor que vai assumir a propriedade”, observa.
A ideia, continua Josiane, é que o encontro de gerações incentive os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais a promover eventos regionais e municipais para que a discussão chegue à base. “Quanto mais perto das famílias, maiores serão os resultados na prática. Se os STR`s não promoverem o debate, muitos jovens deixarão o meio rural. Então, considero esse encontro como o pontapé inicial. De nada adianta ficar só falando sem chegar nas famílias”, enfatiza.
Josiane cita o exemplo de um jovem de Teutônia:
– A presidente do STR, Liane Brackmann, ouviu as confidências de um rapaz, cujo pai insistia para que ele criasse porcos, uma prática da família há muitos anos. No entanto, o jovem disse que gostava mesmo era de criar aves. Liane não perdeu tempo, e foi conversar com o pai do garoto. Prontamente, ele aceitou o pedido e hoje a família já está com dois galpões para as aves e mantém um chiqueirão. Josiane conta que Liane encontrou uma solução e o jovem permanece na atividade. “Sem a interferência do STR e da Emater esse seria mais um caso de êxodo rural”, completou.
Mais informações: Elisete Hintz (51) 9314-5707 e Josiane Einloft (51) 9314-5720

Assessoria de Imprensa – 16/09/2015