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Comissão debate realidade de cadeias produtivas

Em reunião que durou o dia inteiro na sede da Fetag ontem (18), a Comissão Estadual de Política Agrícola, Pecuária Familiar e Leite, com representação de 12 regionais sindicais, direção e assessoria discutiram questões relativas ao leite; à sanidade animal, com ênfase para a vacinação de aftosa, brucelose e tuberculose; encaminhamentos do Grito da Terra estadual; situação dos arrozeiros e; políticas de preços mínimos. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, esteve à frente dos trabalhos que, no debate sobre a vacinação, teve a presença de representantes da Secretaria de Agricultura e Pecuária – Seap. 

Os problemas enfrentados pela cadeia produtiva do leite, recuperações judiciais, empresas que fecham e não pagam o que devem aos produtores e até a análise do censo dos produtores de leite realizado pelo Instituto Gaúcho do Leite – IGL foram avaliados pelos participantes. Joel informa a definição para que a Comissão realize debate nas regionais e sindicatos sobre os números apresentados a fim de criar estratégias para manutenção dos produtores, já que a política de algumas empresas visa cada vez mais selecioná-los.Em relação à sanidade animal no estado, a Fetag, através da Comissão, defende a cautela sobre a retirada ou não da vacinação da febre aftosa. O dirigente  acredita que há necessidade de aprofundar a discussão nos grupos de trabalho que debatem o status sanitário do estado e, depois de estudo profundo, decidir sobre o tema.

Por outro lado, a normativa que exige os testes de tuberculose e brucelose é uma dificuldade para os agricultores. Na ocasião, foi definida com a Seap a criação de um grupo de trabalho que deve se debruçar sobre o tema e encontrar uma solução para os principais problemas como custos de deslocamento e profissionais habilitados.Outra situação trazida à tona foi aquela enfrentada pelos produtores de arroz. Conforme o presidente da Fetag, a ideia que se tem é de que o arrozeiro é um grande produtor, mas 65% dos produtores de arroz do Rio Grande do Sul são da agricultura familiar. E mais, os preços vigentes hoje não cobram nem o custo de produção estabelecido pela própria Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, havendo um prejuízo considerável por hectare, lamenta Joel.

A retomada do trabalho para a definição dos preços mínimos pelo governo é essencial, segundo Joel, para a geração de renda dos agricultores. A Comissão ainda discutiu pontos da pauta do Grito estadual e encaminhou ações para a mobilização que ocorre no dia 1º de julho  em Porto Alegre.