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Foi anunciado na tarde desta terça-feira (22) o Plano Safra 2021/2022. A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto e transmitida pelas redes sociais do Governo Federal. Anteriormente, nas reuniões com entidades representativas, a ministra Tereza Cristina e sua equipe haviam garantido que a agricultura familiar receberia prioridade devido a escassez de recursos.

No total, foram anunciados R$251,2 bilhões para custeio e investimento no setor agropecuário brasileiro, o que representa 7% de aumento em relação ao ano passado. Para a agricultura familiar, as taxas de juros foram elevadas e irão variar entre 3% até 4,5%.

O valor destinado a agricultura familiar via Pronaf será de R$ 39,3 bilhões, aumentou de 19% em relação ao ano passado, sendo que para investimento o valor é de R$17 bilhões. O governo anunciou também o aumento no limite da renda bruta para enquadramento no Pronaf, que será de R$500 mil.

De acordo com o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, “o Plano Safra anunciado é razoável. Ele traz aumento nos valores, mas que na verdade estão recompondo a forte elevação nos custos de produção, ou seja, não teremos recursos para aumentar a área financiada. Por outro lado, é positivo o reajuste no valor das subvenções e do enquadramento da agricultura familiar no Pronaf”.
Como fator negativo, o presidente Carlos Joel cita o aumento nas taxas de juros para a agricultura familiar, já que o ideal seria que os valores do ano passado fossem no mínimo mantidos, mas dentro da conjuntura atual, de acordo com Joel, não chega a ser tão relevante para o setor. “Agora nos resta aguardar pelas resoluções para ver quanto de recursos serão destinados a programas como PAA e PNAE e para habitação rural”.

Amanhã, o Ministério da Agricultura fará uma detalhamento do Plano Safra 2021/2021 para a agricultura familiar.

 

Foto: Fernando Dias