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Comissão Estadual do Leite discute cadeia produtiva

Na manhã desta terça-feira (31), a Comissão Estadual do Leite da Fetag-RS esteve reunida para tratar sobre a situação atual da cadeia que, apesar do reajuste dos preços que estão sendo pagos aos produtores no último período, vem sofrendo com as constantes altas nos custos de produção.

Além de tratar sobre os elevados custos de produção, a comissão também debateu a necessidade de mais políticas públicas para produção de leite na agricultura e pecuária familiar e sobre o número de famílias que deixaram a atividade nos últimos anos.

A Fetag-RS apresentou números que demonstram as dificuldades que estão afligindo os produtores rurais gaúchos. Os dados apontam para altas de 42,42% na ração, 79,76% na ureia, e 103,4% nos fertilizantes comparado com o mesmo período em 2020. O custo de produção por litro do leite está em R$1,862, porém este custo pode ser mais alto em propriedades com pouca disponibilidade de terra para formação de pastagens.

Aliado ao alto custo de produção, em torno de 97% dos produtores gaúchos são familiares, estes que estão perdendo o enquadramento na Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) por conta do teto limite de renda bruta, ou seja, ainda terão de pagar um juro mais elevado nos financiamentos rurais.

De acordo com o vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanneti, “a maior preocupação no momento é com o futuro, pois os preços dos insumos não param de subir e valor pago pelo litro do leite não está sendo reajustado de forma adequada. O agricultor terá de fazer a silagem e implantar pastagens com o dobro do custo do ano passado. É necessário encontrar alternativas urgentes, antes que mais famílias desistam da atividade”.

 

Foto: Eduardo Oliveira/Fetag-RS