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CTB realiza 4° Encontro Nacional de Trabalhadores Rurais

A CTB promoveu nos dias 24 e 25 de fevereiro o 4º Encontro Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, em São Paulo. O objetivo foi discutir a realidade do setor no Brasil e fortalecer a luta dos sindicalistas ligados ao campo. Conforme Sérgio de Miranda, tesoureiro-geral da Fetag, vice-presidente da CTB-RS e secretário nacional de Política Agrícola a Agrária, foi um encontro muito positivo, oportunidade em que se fez uma série de avaliações, entre elas do momento conjuntural do País, do MSTTR, dos avanços e dos desafios. Além disso, continua Miranda, as lutas que vão ocorrer, em especial ao longo deste ano, bem como um evento com a finalidade de também fortalecer a CTB. “Avaliamos a participação dos rurais na Central e discutimos de que forma podemos contribuir para o fortalecimento, a ampliação com a busca de novos associados e a participação nas lutas do conjunto da classe trabalhadora”, disse.  
Ao longo de dois dias foram discutidos temas como a reforma agrária e o fortalecimento da agricultura familiar, a partir de um ponto de vista classista, visando o fortalecimento de suas entidades. Adílson Araújo, presidente da CTB, abriu a discussão analisando a composição do Congresso Nacional, com a diminuição da bancada da classe trabalhadora, e defendeu o fortalecimento dos sindicatos para que haja avanço da pauta trabalhista. Para ele, há muitas dificuldades para os trabalhadores que são atacados de todos os lados pelas bancadas patronais e ruralistas. “Os sindicatos cumprem um papel importante nesse sentido e seu fortalecimento vai nessa direção. É preciso que tenhamos um movimento sindical forte e coeso para fazer o enfrentamento. Nesse processo eleitoral, o espelho da nossa conformação se revelou no Congresso. Resultado que influencia diretamente em questões do campo, como a Reforma Agrária”.

Avanços e conquistas

Alberto Broch, presidente da Contag, por sua vez, abordou a conjuntura sindical rural e as perspectivas do MSTTR. O sindicalista relembrou a luta da Contag e do MSTTR com a ampliação da participação das mulheres, dos jovens e os avanços obtidos ao longo dos anos. “Conquistamos mais de 80 políticas públicas para o campo nos últimos 20 anos, fruto da luta do movimento sindical rural e conquistado com muito empenho, com a pauta do Grito da Terra, com a luta que ocupa ministérios e que já apanhou da polícia”, afirmou Broch ao enumerar os desafios vindouros e as propostas colocadas pela Contag para vencê-los.De acordo com Broch, nos próximos anos os sindicalistas trabalharão para fortalecer os sindicatos, avançando assim na representatividade do agricultor e do assalariado rural. “Se queremos representar a agricultura familiar precisamos organizar a produção de nossos trabalhadores. Nesse sentido, o cooperativismo e o associativismo se torna cada vez mais importante”, analisou.
Por fim, o sindicalista levantou o maior desafio posto ao movimento sindical do campo e da cidade: a Reforma Agrária. Um tema que se encontra esquecido do atual governo. “O nosso desafio mais complexo é a luta pela Reforma Agrária. Um debate que não está na sociedade, nem no governo ou na opinião pública. Precisamos trabalhar para que o tema volte à discussão, mas com a apresentação de uma proposta com inviabilidade econômica. Precisamos propor caminhos, porque os que existem se esgotaram”, avaliou o presidente da Contag ao propor um grande ato em parceria com entidades do movimento sindical e demais centrais.
Ainda pelo MSTTR do RS participaram Nestor Bonfanti, 1° tesoureiro da Fetag e vice-presidente do STR de Crissiumal; Lérida Pivoto Pavanelo, 2ª tesoureira da Fetag e presidente do STR de Santiago; Deonir Sarmento, presidente do STR de Palmitinho; Lenir Piloneto Fanton, presidente do STR de Vanini; Sílvio Borghetti, presidente do STR de Marau; Nelsir Cittá, presidente do STR de Putinga; e Diego Kiefer Moreira, secretário do STR de Cachoeira do Sul.  

Assessoria de Imprensa Fetag/CTB – 25/02/2015