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ENERGIA NO MEIO RURAL EM DEBATE NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Parlamentares e entidades defendem mais investimentos em energia para o meio rural A Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo debateu ontem (15), na Assembleia Legislativa, a qualidade da energia elétrica no meio rural. Parlamentares e entidades destacaram a necessidade de ampliação dos investimentos no setor. O tema volta ao debate no Parlamento gaúcho em 6 de julho, quando acontece o seminário "Energia, a qualidade que o Brasil precisa". A secretária-geral da Fetag, Elisete Hintz, representou a Federação e  relatou a ocorrência de aviários que chegam a ficar 48 horas sem eletricidade e produtores de leite que precisam desligar todos os equipamentos para usar a ordenhadeira.Para o proponente da discussão, deputado Elton Weber (PSB), é preciso aumentar os investimentos para qualificar a energia elétrica fornecida aos produtores rurais. Segundo ele, deve haver tratativas junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no sentido de mudanças na legislação sobre o fornecimento de energia elétrica no meio rural. Igualmente, entende, deve ser buscada maior agilidade na liberação de licenças ambientais à obras que envolvam energia elétrica,  além de maior rapidez por parte das concessionárias em atender as demandas dos agricultores."A qualidade da energia no meio rural afeta milhares de famílias", concordou o secretário estadual de Agricultura, Ernani Polo, informando que o governo gaúcho, por meio das secretarias, trabalha em conjunto no planejamento para que sejam encontradas formas de superar os gargalos do setor.Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Tarcísio Mineto deve ser construída uma ação conjunta que envolva o poder público, concessionárias de energia e os próprios produtores na solução para a falta de qualidade da energia no meio rural.  De sua parte, o secretário-adjunto de Minas e Energia, Artur Lemos Júnior, ressaltou a importância do programa "Luz Para Todos", desenvolvido pelo governo federal, mas reafirmou a necessidade de se avançar na qualidade da energia fornecida aos agricultores gaúchos. Adiantou que a pasta atua na identificação dos gargalos do setor e as potencialidades de cada região, estabelecendo um plano de ação para enfrentar a questão.O presidente executivo da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do RS (Fecoergs), José Zordan, apresentou um panorama do trabalho desenvolvido pelas cooperativas desde 1941 e observou que elas se destacam pela qualidade do serviço que oferecem, "sendo melhores que aquelas existentes nos Estados Unidos e no Reino Unido". Já Gustavo Arend, representante da Companhia Estadual de Energia Elétrica (Ceee), sublinhou que a maioria dos usuários do meio rural atendidos pela empresa possuem apenas redes monofásicas e que a empresa tem perspectiva de investimentos de R$ 270 milhões  nos anos de 2015, 16 e 17, além de melhorias internas referentes ao atendimento a clientes.O representante da AES Sul, Leandro Nascimento, também reafirmou que mais da metade da rede operada pela empresa no meio rural é monofásica e que são realizados investimentos na qualificação dos serviços a partir da construção de subestações e manutenção de redes antigas. O presidente em exercício da Agergs, Carlos Martins, reconheceu que, em alguns pontos do Estado, existem sérias deficiências na distribuição de energia, mas que, em parte, este problema se deve não às concessionárias, mas à própria escassez de energia. Disse que deve haver trabalho conjunto com a Aneel na busca de uma política regulatória específica para a energia no meio rural.
Com informações da Agência de Notícias da Assembleia LegislativaFoto: Marcelo Bertani