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Expointer começa com os pés no chão em meio à crise

Os portões do Parque Assis Brasil, em Esteio, ainda não tinha sido abertos ao público para o início da 38ª Expointer e os 143 expositores organizados pela Fetag já estavam lá no Pavilhão da Agricultura Familiar alinhados para a foto oficial do grupo.  Em seguida, se dispersaram para seus estandes para dar início às vendas da 17ª Feira da Agricultura Familiar, ao longo dos próximos nove dias – até 6 de setembro. Pouco depois da 9h, o governador do Estado, José Ivo Sartori, sem maiores alardes, dava como aberta a exposição, ao som afinado da Banda da Brigada Militar. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, era um dos convidados, pois a Federação desde o ano 2000 é copromotora da Expointer.
Ao fazer uma projeção da feira, Joel lembrou que o momento não é bom em decorrência da crise político-econômica que o Brasil atravessa e no Rio Grande do Sul tem o agravante da situação financeira, cujos salários de servidores são pagos de forma parcelada. “Sem dúvida a conjuntura tarará reflexos aqui em Esteio, seja no  número de visitantes ou no volume de negócios”, observa. Ele disse que 2014 foi excepcional e agora o momento de incertezas no cenário econômico vai fazer com que o produtor pense duas vezes antes de investir. Por outro lado, continua, talvez as agroindústrias não sofram tanto como os demais segmentos, já que oferecem produtos diferenciados e de extrema qualidade.

ESCOLAS AUSENTES
A falta de dinheiro já atingiu neste primeiro dia de feira pelo menos cinco das 25 escolas do campo que estavam programadas para mostrar seu trabalho no espaço da Fetag das Experiências Exitosas. A diretora da Fetag, Inque Schneider, responsável pela área de Educação, lamentou o descaso com que o Estado está tratando a educação. “É muito triste ver um espaço conquistado há 15 anos e que pela primeira vez, na abertura da Expointer, está vazio por falta de verba. Este desafio vai continuar e temos certeza que em 2016 o quadro se modificará”, acredita.
As cinco escolas que não virão porque o Estado não repassou os recursos para  deslocamento e alimentação de alunos e professores são as seguintes: Escola São Luiz, de Venâncio Aires; Três de Julho, de Boa Vista do Incra; Dom Pedro I, de Marcelino Ramos; José Alfredo Nedell, de Santa Rosa e João Zanella, de Nova Palma. Por outro lado, na segunda-feira, dia 31, está confirmada a presença da Escola Padre Aleixo, de Ibiraiaras, e as escolas de Montenegro. Conforme informações obtidas junto à Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), foi acenada a possibilidade de participação de algumas escolas a partir de terça-feira. “Vamos torcer por isso, afinal de contas, as comunidades escolares se preparam ao longo do ano com suas experiências e agora são alijadas da Expointer”, completou.

Mais informações: Carlos Joel da Silva (51) 9314-5750 / Inque Schneider (51) 9325-0155
Assessoria de Imprensa – 29/08/2015 – Luiz Fernando Boaz (51) 9314-5699 / Izabel Rachelle (51) 93252162 – 9940-6218