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FecoAgro/RS divulga estimativa do custo do trigo safra 2014

A FecoAgro/RS divulgou hoje (13) a estimativa de custo para o trigo safra 2014, no estado do Rio Grande do sul. Como base foram tomados os preços dos insumos praticados primeira semana de maio deste ano. A produtividade média considerada de 45 sacas por hectare ficou em 2.700kg/ha.
Os dados médios apontam que o custo variável da lavoura seria de R$ 1.351,52 por hectare com produtividade de 45 sacas por hectare. Levando em conta os demais itens considerados como custos fixos, que formam o custo total da lavoura do cereal, o produtor terá uma despesa de R$ 1.942,63 por hectare. Tomando-se por base o preço médio de R$ 35,00 /saca de 60 quilos, geraria um resultado negativo de 23,34% neste padrão de produtividade média.
Em comparação com a temporada passada, o aumento no custo total foi de 13,45%, sendo o custo variável 18,23% superior. Esse percentual ficou bem acima da inflação do período. Cabe ressaltar que os coeficientes técnicos relacionados ao uso de tecnologia foram ajustados em relação ao número de aplicação de fungicidas, inseticidas, uso de sementes e quantidades de fertilizantes, o que resultou no aumento do custo de produção do trigo safra 2014.
Os ajustes realizados fazem parte da atualização a cada safra e de acordo com a recomendação da pesquisa e procura estar mais próxima a realidade das operações e uso de tecnologia que o produtor pratica atualmente na sua lavoura.
De outra parte, ressaltamos que o custo efetivo, cada produtor tem o seu em função do nível de tecnologia aplicada, o que diferencia de produtor para produtor o patamar de custo.
A estimativa realizada pela Federação tem o propósito de apurar e avaliar a possibilidade de rentabilidade dos produtores associados às cooperativas singulares, sendo que também visa servir de base para discussão das políticas públicas, como definição de preços mínimos, mecanismos e instrumentos de apoio à comercialização do trigo.
Nesta safra, a estimativa é de um aumento de área no Rio Grande do Sul em torno de 5% acima dos 1.030 milhão de hectares cultivados no Estado na safra passada, com potencial de produção de um volume superior a 3,2 milhões de toneladas. No Brasil, a projeção aponta uma área de 2,5 milhões de hectares, crescimento de 15,2% em relação à safra anterior, com potencial de produção da ordem de 7 milhões de toneladas, segundo dados da Conab, contra uma demanda de 11,5 milhões de toneladas.
Se confirmado o aumento de 20% da área plantada no Paraná e a produtividade for à esperada teremos um aumento de oferta com possível risco de liquidez. No Rio Grande do Sul, neste ano, houve períodos em que a comercialização ficou praticamente paralisada, com aviltamento de preços. O cenário indica que o governo precisará dispor de orçamento para disponibilizar mecanismos de apoio à comercialização na próxima safra, caso os preços de mercado fiquem abaixo do preço mínimo anunciado de R$ 33,45 a saca para o trigo pão tipo 1.
O governo federal reajustou em 5% o preço mínimo do trigo e só para o trigo pão tipo 1 e melhorador sendo que para as demais faixas de classificação não há sinais de alteração no preço mínimo, o que poderá depreciar o valor na hora da venda da próxima safra, sendo nosso sentimento em relação à expectativa de rentabilidade para o trigo. Um quadro que aponta incerteza para comercialização da próxima safra. O setor encaminhou pedido de reajuste de 16,38% no preço mínimo.
Quanto à produtividade, dificilmente teremos aumento em relação ao excelente resultado de 2013, sendo que o fato negativo da safra passada foi quando se retirou a TEC (Tarifa Externa Comum) para importação de trigo de países fora do Mercosul e os preços desabaram. (Foto: Minetto (E) e Pires)
Mais informações:
Paulo Pires – Presidente
55 9972 8106 / 51 3012 4678
Tarcisio Minetto – Economista Responsável
51 9678 2749 / 51 3012 4678

Assessoria de Imprensa – 13/05/2014