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FETAG avalia dez dias de greve dos caminhoneiros

     O presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, ao fazer uma avaliação do décimo dia de greve dos caminhoneiros, disse que, em primeiro lugar, é necessário reconhecer que a manifestação dos caminhoneiros foi forte, eficiente e com foco. “A FETAG, desde o começo, sempre orientou os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais a apoiarem a paralisação, por entender que ela era justa e que precisava ser feita. Afinal, o óleo diesel também atinge os nossos agricultores. A ressalva era trânsito livre para leite, ração e animais vivos. No entanto, nos últimos dias, vimos que em alguns pontos trancaram tudo e, a partir daí, lançamos uma Nota Oficial na qual se pede às lideranças dos agricultores familiares que retirem o apoio às mobilizações”, justificou.
     Conforme Joel, uma paralisação é realizada para trazer benefícios e neste momento mais de 100 mil famílias de agricultores que produzem leite, frango, suínos, hortifrutigranjeiros estão perdendo toda produção. “O prejuízo é muito grande. Quanto tempo nós vamos levar para recuperar o prejuízo”, questiona o dirigente. “Os  animais estão morrendo nas propriedades e criando um verdadeiro caos. Então, pedimos que os manifestantes tenham bom senso para não impedir a passagem desses caminhões. Qual é o sentido de um produtor estar em uma barreira em seu próprio prejuízo? Isto não tem cabimento, neste momento. Temos certeza de que a maioria dos pontos que ainda mantêm os bloqueios têm essa sensibilidade, ao contrário de outros que perderam o controle”, observa.
     Joel destaca que o exemplo da perda de controle é o pedido da Intervenção Militar. “Nós, do movimento sindical, entendemos que a pior democracia ainda é melhor do que a ditadura. Não queremos a volta da ditadura, mas sim melhorar essa política e o governo que está aí. E, para tanto, daqui há quatro meses teremos eleições. É através da democracia que mudaremos. Nunca pela ditadura. Então, nos parece que uma ideologia está tirando o rumo do movimento. A maioria dos pontos de manifestação dos caminhoneiros está agindo de forma correta e deveria ser estendida para a gasolina, energia elétrica, gás, redução de impostos, queda de juros para a agricultura, fazer funcionar o crédito fundiário, habitação rural, entre outros. Porém, essa pauta não roda mais. O governo não está mais preocupado com ela. Então, temos que deixar os ânimos se acalmarem, nos reorganizar e montar uma nova estratégia para defender a pauta da agricultura familiar”, completa.

Mais informações: Carlos Joel da Silva (51) 9 9314-5750

Assessoria de Imprensa – 30/05/2018 – Luiz Boaz