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A 30ª Festa da Uva de Caxias do Sul – Na Alegria da Diversidade – que vai de 20 de fevereiro a 9 de março, será a primeira feira de 2014 que a Fetag vai participar organizando e apoiando os empreendimentos da agricultura familiar, através do Departamento de Política Agrícola e Agroindústria e dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais.
O presidente do STR de Caxias do Sul, Rudimar José Menegotto, anfitrião desta festa, assumiu recentemente a direção da entidade, e promete novas estratégias de atuação frente aos desafios que se desenham para a categoria. Também inovou na história do STR com a posse da primeira vice-presidente, a agricultora de Menino Deus, Benardete Boniatti Onsi, bem como de quatro jovens agricultores que compõem a nova diretoria.
Rudimar falou à Fetag sobre a participação das agroindústrias nesta 30ª Festa da Uva.

Fetag – Como está a participação do STR e da Fetag na organização das agroindústrias nesta Festa da Uva?Rudimar Menegotto – A cada edição das feiras percebe-se o crescimento do número de agroindústrias participantes demonstrando não apenas o empreendedorismo do nosso agricultor familiar, mas também o resultado de todo o processo formativo executado pelo movimento sindical. Ocupando cada vez mais os espaços de comercialização, as agroindústrias ampliam as opções de venda, aumentam a renda familiar e contribuem para a manutenção do jovem na atividade agrícola. Nesta Festa da Uva, pela primeira vez, as agroindústrias de origem vegetal podem expor e vender seus produtos graças aos avanços propiciados pelas políticas públicas estaduais para elas, sendo estas frutos de reivindicações do movimento sindical.Com papel de articulador e fomentador das agroindústrias, a participação do STR e da Fetag na organização das feiras, não pode ser resumido em apenas o de abrir espaços, mas também propiciar aos empreendimentos da agricultura familiar  participante as condições necessárias, tais como organizar alojamento, de espaço físico e apoio na logística. É importante, ainda, frisar que em todas as feiras, durante a sua realização, as agroindústrias podem contar com o apoio do STR e da Fetag através do assessor de Política Agrícola e Agroindústrias Jocimar Rabaioli, trazendo segurança aos participantes das feiras.

Fetag – Qual a importância desta feira para agricultura familiar? 
Rudimar – Todas as feiras são espaços que se abrem para as agroindústrias exporem seus produtos e buscarem novos mercados consumidores. Olhando a Festa Nacional da Uva, certamente, estamos diante de uma feira que propicia visibilidade, não apenas em nível nacional, mas internacional, o que por si só justifica a excelente participação das agroindústrias no evento. Com produtos diferenciados, que retratam os sabores e saberes de diversas culturas, esta feira, certamente, trará aos empreendimentos participantes o retorno, não apenas financeiro, mas de abrir novos espaços de comercialização. Somente agregando renda poderemos sim dizer que estamos propiciando um desenvolvimento rural sustentável aos nossos agricultores e espaços como da Festa Nacional da Uva agregam e contribuem significativamente para isto. Além da importância econômica e de abrir espaços de comercialização, temos a questão da valorização do nosso agricultor e do reconhecimento das mãos que alimentam esta nação, de modo especial nesta feira, que ocorre no Ano Internacional da Agricultura Familiar.

Fetag – Quantos empreendimentos estarão presentes nesta Festa da Uva? 
Rudimar – Serão 79 empreendimentos, não apenas do RS, mas de diversos  estados. Os empreendimentos participantes trazem para a feira toda a diversidade cultural do nosso país, mostrando a força da organização dos agricultores familiares. Estão presentes agroindústrias de produtos de origem vegetal (massas, biscoitos, pães, barras de cereal, bolinhos, cucas, geleias, verduras e legumes  processados, sucos, vinhos, licor, cachaça, entre outros), de origem animal (embutidos, mel, própolis, queijos, salames), artesanato e flores.Fetag – Desses, qual o total do município e região?Rudimar – Da região serão 16 empreendimentos e do município teremos 13 agroindústrias, que são: LA CASA NOSTRA – Terezinha Giacomelli Sirtoli e Rodrigo Sirtoli – AGROINDÚSTRIA NONA TEREZINHA – Therezinha Menegotto – PADARIA COLONIAL CASA DE PEDRA – Angelo Faoro – SABORE D` ITÁLIA – Lúcia Rosa Boff Inocenti; SABOR DO PASSADO – Luciano e Helena de Gregori Zanotti; AGROINDúSTRIA POTTER, Nair Ema Potter Fin; BOLOS E CIA – Adriana Tavares Rech; SAPPORE DI CASA – Tereza Venturin; KUBITIRAS – Geni Zanardi; SANTA BÁRBARA – Paulo Genésio Melo da Silva; ORQUIDÁRIO PEBI – Cleverton Mugnana; ASCAP – André Luis Minotto – SABOR DU CAMPO – Thiago Wiliam Sutili.

Fetag – Por que é importante o agricultor se manter organizado e sindicalizado?
Rudimar – O melhor exemplo de viabilidade econômica da nossa agricultura é ver além da diversidade de produtos apresentados na feira, o empreendedorismo dos agricultores que, a cada feira, procuram melhorar a apresentação do seu produto,  mantendo a qualidade e o sabor que registram a sua marca. São por espaços como estes que possibilitamos agregar renda e qualidade de vida aos agricultores, porém devemos, cada dia mais nos mantermos organizados e sindicalizados para ecoar forte nosso grito em todos os espaços, de modo que leis como as existentes hoje não engessem o exercício da atividade agrícola e com isso inviabilizando a agricultura familiar e a sucessão rural. Não queremos chegar ao limite de faltar alimento à mesa para que só assim o agricultor seja reconhecido e valorizado, não apenas em palavras bonitas mas em atitudes que desburocratizem o seu dia a dia. O sindicato e o movimento sindical não se calam ou sequer aceitam indiferença aos problemas vividos e sentidos pela nossa categoria.

Assessoria de Imprensa – 19/02/2014