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Fetag faz manifestação em cinco cidades do RS

     Mais de dez mil agricultores familiares saíram pelas principais ruas das cidades de Santa Maria, Pelotas, Caxias do Sul, Ijuí e Passo Fundo para dizer não à reforma da Previdência Social, que quer ampliar e unificar para 65 anos a idade de aposentadoria no Brasil. Hoje, tanto para rurais como urbanos, ela é de 55 anos de idade para a mulher e 60 anos para o homem.
     A Contag puxou a manifestação nacional, que atingiu 100 mil pessoas em todo o Brasil, inclusive no Distrito Federal, onde 40 lideranças da delegação gaúcha, que está lá participando da 2ª Plenária Nacional da Terceira Idade, ocuparam o Ministério da Previdência Social. As mobilizações ainda bateram contra a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a paralisia do Programa de Habitação Rural.
     O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, que esteve na abertura das manifestações em Santa Maria e no encerramento em Ijuí, avaliou os cinco atos como extremamente positivos, já que aumentou a consciência do agricultor quanto aos seus direitos e que eles necessitam ir para a rua e lutar. Além disso, conscientizar a população urbana da importância da agricultura familiar. “A cidade sem agricultor não sobrevive e o campo sem as cidades para comprar os alimentos também não. Todos dependemos uns dos outros”, justificou.
     As lideranças da Fetag entregaram nas cinco Gerências Executivas do INSS  (Santa Maria, Caxias do Sul, Passo Fundo, Ijuí e Pelotas) um documento que contém a importância da agricultura familiar e de sua aposentadoria para a manutenção das famílias no meio rural. E em agências da CEF foi solicitada a retomada dos programas habitacionais. “O agricultor além de contribuir para a Previdência Social, ainda trabalha em média 40 a 45 anos de contribuição. E depois se aposenta apenas com um salário mínimo”, observa.  
     Joel espera que os atos pelo Brasil afora ajudem as pessoas em geral a enxergar com outros olhos a agricultura familiar. “Somos contrários a qualquer medida que implique em perdas de direitos dos trabalhadores rurais. Seguiremos vigilantes e mobilizados”, adverte.

Mais informações: Carlos Joel da Silva (51) 9314-5750

Assessoria de Imprensa – 16/06/2016