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FETAG fecha ponte internacional por 3h em Jaguarão

     Portando faixas Não à Importação de Leite; Quem Regula o Mercado do Leite? Governo Faça a sua Parte; Importação de Leite Gera Riqueza, Mas Não Aqui. Essas foram algumas das faixas que cerca de mil produtores de leite levaram para Jaguarão, onde por três horas – 10h às 13h – ocuparam a Ponte Internacional Barão de Mauá, divisa Brasil com Uruguai. É por ali que entram toneladas de leite em pó do país vizinho. Apenas em 2016 o volume que cruzou a ponte foi suficiente para processar 1,03 bilhão de litros. Antes de iniciarem o deslocamento, os agricultores familiares associados aos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais ligados à FETAG se concentraram em um pavilhão próximo à fronteira. Por volta das 10h o grupo saiu, alheio à chuva, em direção à ponte. E de lá saiu somente às 13h.
     O presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, em sua manifestação ainda na ponte, fez uma avaliação inicial do protesto e disse que o recado às autoridades foi dado. “Não deixaremos que o Mercosul quebra a cadeia leiteira gaúcha, a exemplo do que ocorreu com o trigo e agora também se encaminha com o arroz. O governo tem que proteger os produtores, a exemplo do que acontece em outros países. Queremos ajudar o Brasil a crescer. Nunca é demais lembrar que é através da agricultura e pecuária que ainda há esperança de dias melhores para todos os brasileiros. A Argentina está atenta a toda essa situação e já avisou que não aceitará que continuem as cotas de exportação para ela se para o Uruguai é livre. Portanto, mais um agravante com as importações”, alertou.
     A FETAG quer chamar a atenção do governo federal para os seguintes pontos:
1. Imediata revisão dos incentivos fiscais para a importação;
2. Revogação dos Decretos nºs 53.059/2016 e 53.184/2016;
3. Criação de cotas de importação de lácteos do Uruguai sem a liberação automática;
4. Compras governamentais de lácteos;
5. Criação de um programa de controle de estoques;
6. Políticas de incentivo e fomento para a cadeia produtiva do leite; e
7. Revisão dos preços mínimos do leite. 

Mais informações: Carlos Joel da Silva (51) 9 9314-5750

Assessoria de Imprensa – 14/09/2017 – Luiz Boaz (511) 9 9314-5699