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FETAG MANIFESTA POSIÇÃO SOBRE PARALISAÇÃO DOS CAMINHONEIROS

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul – FETAG/RS, em relação à paralisação dos caminhoneiros, manifesta-se conforme segue: Toda a sociedade, neste momento, deverá fazer uma profunda reflexãao sobre a crise do setor produtivo e de serviço que sofrem severos impactos com os aumentos de combustível, energia elétrica, entre outros.
O setor leiteiro há meses vive uma crise jamais experimentada. Empresas em processo de falência ou recuperação judicial estão deixando milhares de agricultores familiares sem receber pela entrega da produção. As que ainda estão operando encontram-se com produto estocado sem ter destino. Aqueles produtores que ainda conseguem vender, além de ter que cumprir com rigorosas exigências sanitárias para produzir, recebem preços baixíssimos pelo produto. A situação piora na medida em que aumenta o preço dos insumos, a energia elétrica e o óleo diesel e combustíveis em geral.
O agricultor sequer possui estradas em condições para trabalhar e trafegar com segurança.Assim, alguns pontos de pauta dos caminhoneiros, que estão mobilizando e gritando por melhores condições de trabalho, são também pauta da organização dos trabalhadores rurais, coordenada em segundo grau pela FETAG/RS. Portanto, esta Federação considera justa e legítima a bandeira defendida pelo setor de transportes.Entretanto, instalou-se no meio rural, especialmente pelos agricultores familiares, um grande preocupação. 
Conforme noticiado nos veículos de comunicação e trazidos ao conhecimento da FETAG, muitos produtores, em especial de leite, estão tendo que colocar fora toda a produção por falta de tranporte. Ainda o setor de suínos e aves preocupam-se com a alimentação dos animais, pois o abasteciemtno de ração não está mais chegando na propriedade.
A FETAG, em conjunto com os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, na oportunidade em que apoia o movimento dos caminhoneiros, solicita a sensibilidade de seus organizadores para a liberar o tráfego de cargas vivas, produtos perecíveis e alimentação dos animais.
É URGENTE que as autoridades governamentais em todos os seus níveis, tanto municipal, estadual, federal e em todas as suas esferas busquem soluções imediatas, evitando que se instale um caos, com prejuízos irreversíveis a todo o setor produtivo e de serviço, como o caso dos agricultores familiares e caminhoneiros. É o momento de pensar em toda a sociedade civil que está prestes a não ter mais alimentos à sua mesa. A sociedade igualmente deverá ser solidária com os problemas sentidos e vividos pela agricultura familiar, que neste momento exige providências por parte dos governantes. 

Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2015.