NOTÍCIAS

FETAG pede apoio à FAMURS para enfrentar crise leiteira

     O presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, e o vice-presidente Nestor Bonfanti, participaram ontem (22) da Assembleia Geral de Verão da FAMURS, em Torres. Eles foram solicitar o apoio da FAMURS para enfrentar os problemas da cadeia produtiva do leite. Joel entregou um documento ao presidente da FAMURS, Salmo Dias de Oliveira, no qual mostra que 2017 foi um ano de extrema dificuldade para os agricultores familiares produtores de leite, que tiveram perdas de 19% de rentabilidade (EMATER-RS período de janeiro 2017 – janeiro 2018), o que tem motivado os agricultores a abandonar a atividade por total desestimulo.
     Joel enfatizou que os investimentos feitos nas propriedades são preocupantes, já que foram contraídos financiamentos junto aos agentes financeiros, como custeios e, inclusive, empréstimos pessoais. Hoje, a receita obtida da atividade não dá condições de honrar os compromissos assumidos.
     O impacto no comércio dos municípios afetados com uma acentuada queda nas vendas já é sentido, fato que leva ao atraso sistemático no cumprimento das obrigações, assim como nas contas básicas, no posto de combustível, na agropecuária, no mercado, sem contar a diminuição do retorno de ICMS que os municípios terão daqui há dois ou três anos no valor adicionado.
     Diante deste momento crítico, a FETAG traz as seguintes demandas, que serão necessárias para amenizar os impactos da crise leiteira:
Intervenção do Governo Federal no financiamento de estoques, com juros baixos para as cooperativas da agricultura familiar;
Imediata aquisição via compras públicas de 50 mil toneladas de leite em pó;
Alongamento dos financiamentos de investimento para após a última parcela e de custeio pecuário (3 anos);
Possibilidade de liquidação das operações de custeio agropecuário e investimento com rebate de 20%;
Criação de uma linha emergencial no Pronaf, com 3 anos para pagar e um bônus de adimplência de 20% em cada parcela;
Revisar o Preço Mínimo do Leite, que assegure os custos variáveis e fixos;
Melhorar os mecanismos de coleta e análise de leite das propriedades para dar mais confiabilidade, pois ocorrem inúmeras queixas em relação aos resultados; e
Determinar a equivalência de alíquotas de ICMS para o leite produzido no Rio Grande do Sul e o proveniente do Exterior.

Assessoria de Imprensa – 23/02/2018 – Luiz Boaz (51) 9 9314-5699