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Fetag prepara manifestações na Marcha das Margaridas

Após reunir ontem (27) os coordenadores regionais e a Comissão de Política Agrária, a Fetag aguarda uma resposta do governo federal sobre possíveis alterações no Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). As lideranças foram unânimes em lutar pela manutenção do PNCF, já que ele garante a produção agrícola e a permanência da juventude no meio rural. Além disso, possibilita a quem arrenda terras a compra de áreas, inclusive entre os próprios colonos, evitando a aquisição de grandes produtores ou mesmo de especuladores que transformam em sítios de lazer.
O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, entende a necessidade de avançar em, pelo menos, três pontos: o financiamento para os jovens rurais tem que ser oriundo do Fundo de Terras; manutenção do rebate de 20% no pagamento das parcelas, uma vez que os juros de 5,5% torna o financiamento muito caro por ser a longo prazo; a renda do patrimônio chegar em pelo menos a R$ 100 mil, evitando que os interessados fiquem fora do programa. Hoje, com a proposta de R$ 60 mil, qualquer máquina, equipamento ou mesmo carro já o desenquadra do financiamento.
O dirigente alerta que o novo prazo encerra na Marcha das Margaridas, que acontecerá nos dias 11 e 12 de agosto, em Brasília, quando mais de 60 mil mulheres estarão na Capital federal. “Caso a presidente Dilma não anuncie o decreto com as novas medidas, a Fetag e outras Federações farão manifestações durante a Marcha defronte os ministérios”, completa.  
Joel lembra que o movimento sindical espera que o governo federal regulamente as alterações no PNCF e, desde o final de abril o governo federal prometeu assinar o decreto. Depois nova promessa veio no Grito da Terra Brasil, em 22 de maio, porém  também não o fez. E a terceira e última vez aconteceu no anúncio do Plano Safra da Agricultura Familiar, inclusive Dilma disse que lançaria o decreto em 30 dias, o que da mesma forma não ocorreu.
A coordenadora de jovens da Fetag, Josiane Einloft, revela que tem muita gente esperando pelo seu pedaço de terra para produzir alimentos. “Se o governo não está fazendo a reforma agrária, temos que nos apegar ao crédito fundiário. Queremos uma linha de financiamento, a retomada da reforma agrária e a titularidade de lotes de terras da reforma agrária que o Incra não está fazendo.

REIVINDICAÇÃO                                           ATUAL                                                   PRETENDIDA
Renda (CAF)                                                  Até R$ 15.000,00                                   R$ 60.000,00
Patrimônio (CAF)                                            Até R$ 30.000,00                                   R$ 100.000,00
Teto                                                              Até R$ 80.000,00                                   R$ 200.000,00
Juros                                                             2% a.a.                                                 2% a.a.
Rebate na parcela                                           20%                                                     De 30% a 50%
Prazo de Financiamento                                  Até 20 anos                                           Até 35 anos
Nova linha: CAF Mais                                      Renda pretendida:                                 Patrimônio: 
                                                                    R$ 360.000,00                                       R$ 720.000,00

Mais informações: Carlos Joel da Silva (51) 9314-5750 / Josiane Einloft (51) 9314-5720

Assessoria de Imprensa – 28/07/2015