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Cerca de 80 lideranças, entre eles presidentes dos Sindicatos dos
Trabalhadores Rurais e de entidades como Corsan, Farsul e Famurs, além de um
grupo de técnicos da Metroplan, participaram das atividades.
O assessor de
Política Agrícola e Meio Ambiente da Fetag, Alexandre Scheifler, revela que a
capacitação servirá de subsídio para os debates com os demais atores da
sociedade civil, estabelecendo o modelo de cobrança pelo uso da água para a
região hidrográfica do Guaíba.
O presidente da Fetag, Elton Weber, disse
que o debate é necessário, porém o agricultor deve ser tratado de maneira
diferenciada. “Temos que ver qual é a melhor experiência e adaptá-la a nossa
realidade. Ao mesmo tempo, falta convergência dentro do próprio governo, já que
este processo poderá alterar o Programa Estadual de Irrigação “Mais Água, Mais
Renda”, lançado recentemente pela SEAPA e que não levou em consideração este
aspecto”, observa.
Weber defende que além de haver a necessidade de
dispensa pelo pagamento para os agricultores que têm um consumo abaixo de 3l/s
ou 0,003m³/s (+/-259.000 litros/dia), o agricultor é o maior produtor d'água,
sendo assim, é justo que receba por tal benefício que faz por toda a
sociedade, através do Pagamento por Serviços Ambientais.
Segundo Iberê de
Mesquita Orsi, representante da Famurs, o meio rural precisa avaliar o momento
com muita cautela, já que se trata de um processo contínuo e irreversível.
Eliete Gomes, da Metroplan, adianta que as próximas etapas serão com a
indústria e a sociedade civil, para depois iniciar os debates nos comitês de
bacias.

Assessoria de Imprensa – 08/08/2012 – Luiz Fernando Boaz