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Fumicultor protesta em Venâncio Aires

        Mais de 2.500 produtores de fumo de todo o Estado participaram hoje (10) da mobilização em Venâncio Aires, que a Fetag e Afubra promoveram em função das reclamações contra as fumageiras em decorrência do rigor na classificação nas esteiras das indústrias, além da adoção de critérios totalmente diferenciados, umas das outras. Algumas não estão aplicando qualquer aumento em relação à tabela do ano passado, bem como há inúmeras queixas com relação ao padrão de compra. Logo após a concentração na Praça Evangélica, ocorreram falas de várias lideranças. Em seguida, os produtores seguiram em direção à indústria China Brasil Tabacos, onde uma comissão foi recebida por Ricardo Jackisch, diretor de operações. Ele garantiu que comprarão toda a safra de seus produtores. A mesma garantia foi dada pela Alliance One, através de Neosildo Zortea Zatt, gerente da área de produção do fumo.           O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, avaliou de forma positiva a mobilização e disse que as indústrias assumiram o compromisso de adquirir todas as classes e melhorar os preços nas esteiras. “Se  isso não ocorrer nós voltaremos no final do mês”, advertiu o dirigente. Também foi acertado que no começo de maio haverá um encontro entre os representantes dos produtores com as indústrias para discutira o próximo plantio. “Queremos saber qual o tamanho da safra que eles querem”, enfatizou Joel, para evitar problemas que estão ocorrendo agora.
Além das pacíficas manifestações em frente às duas empresas – a 50 metros do portão de acesso, pois as empresas pediram uma liminar judicial, temendo depredação -, foram formadas comitivas que visitaram a CTA, Alliance One e China Brasil, em Venâncio Aires, e Universal Leaf e Premium, em Santa Cruz do Sul. Na pauta dos encontros a tentativa de conseguir um reajuste do preço e a diminuição no rigor da classificação. 
Segundo o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, é importante que governos municipais, vereadores, deputados federais e estaduais e também as lideranças comerciais se unirem ainda mais a nós e nos auxiliarem nesta luta. “Eles podem e devem enviar correspondências para todas as empresas, mostrando o que o tabaco representa para os municípios e para o comércio. As empresas estarão com estas correspondências e poderão mostrar aos seus clientes a situação difícil que vive o nosso produtor, já que as fumageiras alegam que os clientes estão pedindo descontos”, destaca Werner. 
NOVA SAFRA
Um desdobramento das visitas para algumas indústrias durante o Manifesto do Fumo é um encontro com as fumageiras, na última semana de abril, para debater a nova safra de tabaco. “Não podemos mais uma vez deixar o produtor produzir o tabaco e depois, ter dificuldade de comercializar o tabaco. Para isso, queremos que as empresas nos digam antes do plantio da safra 2015/2016 o que irão querer, para que todos, juntos – entidades e empresas – possamos orientar o fumicultor, pelo bem da sustentabilidade do setor”, completou Joel.

Mais informações: Carlos Joel da Silva (51) 9314-5750

Assessoria de Imprensa Fetag/Afubra – 10/04/2015