INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.742

INFORMATIVO N° 1.742

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA:  26/9/2023

SITE: www.fetagrs.org.br

 

 

Informativo desta terça-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 315 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

Lembrete: você associado ou associada que não solicitou sua cartela para concorrer aos prêmios da campanha dos 60 anos da Fetag-RS, procure seu Sindicato e busque informações!

Serão mais de R$ 200.000,00 em prêmios.

 

 

A PEDIDO DAS ENTIDADES, GOVERNO ANUNCIA RECURSOS PARA COMERCIALIZAÇÃO DE TRIGO

 O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a alocação de R$ 400 milhões para o fomento da comercialização de trigo no Brasil via Conab, que receberá o recurso e ficará encarregada de executar medidas para restabelecer a estabilidade dos preços no mercado.

A cultura do trigo é muito importante para o Rio Grande do Sul, líder em produção nacional com 45,76% do total brasileiro, o que representa cerca de 4,5 milhões de toneladas. O anúncio do governo federal atende uma demanda da Fetag-RS e das demais entidades representativas do setor primário para que seja possível assegurar preços mínimos para o trigo e facilitar o escoamento da safra de 2023.

O anúncio do governo federal atende uma demanda da Fetag-RS e das demais entidades representativas do setor primário para que seja possível assegurar preços mínimos para o trigo e facilitar o escoamento da safra de 2023.

O edital será publicado pela CONAB e o produtor poderá comercializar o trigo com preço equalizado, atualmente fixado em R$87,00 a saca. Conforme o anúncio, são utilizados o Preço Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e a disponibilidade do Prêmio para Escoamento do Produto (Pep).

 

 

BOLETIM COPAAERGS APRESENTA RECOMENDAÇÕES PARA ENFRENTAR INTENSIFICAÇÃO DE EL NIÑO NO PRÓXIMO TRIMESTRE

Há uma probabilidade de 90% ou mais de que as condições de El Niño irão permanecer atuantes durante os meses de primavera e início do verão 2023/2024, com possibilidade de chegar à categoria de muito forte para o fim de novembro e decorrer de dezembro.

É o que alerta o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas nos modelos ENOS do APEC Climate Center (APCC), centro de pesquisa sediado na Coreia do Sul, e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O prognóstico indica chuvas mais frequentes e persistentes no trimestre, com maior probabilidade especialmente entre outubro e novembro. No mês de dezembro, as chuvas ainda devem ficar acima da média na maior parte do estado, porém de maneira mais irregular, com maiores anomalias positivas na metade oeste do Rio Grande do Sul. Os acumulados de chuva no trimestre devem superar a média em todas as regiões, com anomalias médias acima dos 200 mm em todas as áreas do estado, superando os 300 mm na metade oeste e noroeste.

Eventos com tempestades, rajadas de vento forte e queda de granizo também serão mais frequentes nesta primavera, sob influência do El Niño.

O excesso de chuva nos próximos meses pode intensificar o excedente hídrico, causando o encharcamento do solo e, consequentemente, prejudicando a colheita da safra de inverno e o início do plantio das culturas de grãos.

As temperaturas do ar devem ficar acima da média, na metade Norte do estado. Já na metade Sul, as temperaturas ficam próximo da média climatológica, mas com alta variabilidade. Ou seja, forte contraste térmico em virtude da aproximação de frentes frias que encontram o ar mais quente no norte do Rio Grande do Sul, resultando em grande variabilidade nas temperaturas, especialmente no sul do estado.

O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 16 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.

Culturas de inverno

Monitorar a ocorrência de doenças e pragas e observar se há necessidade de aplicações de defensivos agrícolas. Não descuidar do momento da colheita, colhendo tão logo seja possível;

Os produtores devem providenciar a revisão das colhedoras e acompanhar a previsão do tempo para colheita a fim de efetivá-la assim que possível.

Arroz

Intensificar o sistema de drenagem das áreas de lavoura, desobstruindo drenos, bueiros e vertedouros de barragens;

Dentro do possível, dar continuidade à adequação das áreas destinadas à lavoura para a próxima safra, principalmente às atividades de preparo e sistematização do solo e drenagem, para possibilitar a semeadura na época recomendada pelo zoneamento agrícola, de forma a aproveitar melhor a radiação solar e evitar as temperaturas baixas no período reprodutivo da cultura;

Evitar semeaduras em áreas sujeitas à inundação persistente;

Efetuar a semeadura dentro do período recomendado pelo Zoneamento Agroclimático, semeando primeiro as cultivares de ciclo médio seguido das de ciclo precoce; nas semeaduras após meados de novembro, dar preferência para cultivares de ciclo precoce;

Tendo em vista a ocorrência do evento “El Niño”, com alta probabilidade de chuvas acima do normal para o trimestre outubro-novembro-dezembro, atentar para a drenagem após o estabelecimento da lavoura a fim de evitar prejuízos no estabelecimento inicial;

Iniciar a irrigação definitiva quando as plantas estiverem no estádio de 3 a 4 folhas, fazendo a aplicação da adubação nitrogenada em cobertura, preferencialmente em solo seco, antes da entrada de água;

Atentar para a possível ocorrência de baixa luminosidade, que reduz a resposta da cultura à adubação nitrogenada;

Ter cuidados especiais com o possível aumento na incidência de doenças, devido às prováveis condições meteorológicas favoráveis à sua ocorrência.

Culturas de primavera-verão

Na medida do possível, agilizar o preparo e implantação das culturas, para aproveitar as janelas de possibilidades de semeadura e aplicação de produtos fitossanitários;

Escalonar a época de semeadura e utilizar genótipos de diferentes ciclos ou diferentes grupos de maturação sempre respeitando o zoneamento agrícola e calendário de semeadura;

Para cultura de milho e feijão iniciar a semeadura quando a temperatura do solo, a 5 cm de profundidade, estiver acima de 16°C e umidade adequada do solo;

Tratando-se de plantio direto, fazer o manejo de culturas de inverno voltadas para a proteção do solo e manutenção da umidade no solo;

Monitorar a lavoura quanto à ocorrência de doenças, em função do prognóstico de chuvas acima da média;

Atentar para o controle de pragas no milho, especialmente a cigarrinha;

Para semeaduras em áreas de terras baixas utilizar cultivares precoces, com cuidados especiais em relação a drenagem, considerando a possibilidade de ocorrência de chuvas acima da normal.

Hortaliças

Considerando a possibilidade de chuvas acima da media ter cuidado com excesso de umidade do solo;

Quando necessário irrigar, proceder pela manhã, e dar preferência à irrigação por gotejamento;

Para cultivos em ambiente protegido (túneis e estufas), realizar o fechamento ao final do dia e proceder à abertura pela manhã, evitando aumento excessivo da umidade relativa e da temperatura do ar no ambiente interno dos abrigos;

Dar ênfase ao monitoramento de doenças, principalmente daquelas favorecidas pelo molhamento da parte aérea ou excesso de umidade no ar e/ou no solo;

Atentar para a possibilidade de baixa disponibilidade de radiação, especialmente em ambientes protegidos.

Fruticultura

Muita atenção ao manejo fitossanitário, com o monitoramento de doenças, principalmente daquelas favorecidas pelo molhamento da parte aérea ou excesso de umidade no ar e/ou no solo;

Preservar a cobertura verde nos pomares seja por meio de espécies cultivadas ou espontâneas, especialmente para proteção do solo, evitando a erosão e perdas de solo e nutrientes;

Se possível investir em sistemas de proteção antigranizo e/ou seguro agrícola; em caso de ocorrência de danos por granizo recomenda-se procurar a assistência técnica para análise e ajuste adequado de manejo;

Em pomares nos quais houver eventual perda de estruturas de frutificação e frutos em função da ocorrência de granizo, adotar o manejo usual do dossel vegetativo em relação a podas e aplicações de defensivos químicos, a fim de assegurar a produção da safra seguinte;

Recomenda-se a prática do raleio para ajuste da carga de frutos quando necessário, conforme as orientações técnicas de cada região/cultivar, para garantir o desenvolvimento e maturação adequados dos frutos.

Pastagens

No manejo de plantas forrageiras, promover a manutenção da cobertura de solo e de boa disponibilidade de forragem, através de cargas animais adequada;

Escalonar os períodos de plantio/semeadura das forragens cultivadas para o período de primavera/verão utilizando mudas/sementes de alto vigor, para reduzir as perdas ou atrasados de implantação que podem ocorrer devido a umidade elevada no início da primavera;

Reduzir a carga animal na pastagem após a ocorrência de grande volume de chuva, de forma a evitar danos à pastagem pelo excesso de pisoteio;

Indica-se fazer silagem/feno de cultivos e pastagens de inverno/primavera, visando garantir maior disponibilidade de alimento no verão para as categorias de rebanhos mais exigentes;

Em virtude do prognóstico de chuvas acima da média climatológica, atentar para as instalações e o entorno para evitar formação de muito barro o que pode ocasionar problemas de casco, especialmente em vacas de leite;

Devido ao prognóstico de temperaturas do ar acima da média climatológica no trimestre outubro-novembro-dezembro, principalmente na metade norte do Estado, o produtor deve ficar atento, pois pode acarretar estresse térmico aos animais, principalmente para vacas de alta produção de leite.

 

AUMENTO NA OFERTA PRESSIONA PREÇO DE HORTALIÇAS EM AGOSTO

As elevadas temperaturas e o avanço da colheita de inverno, com aumento na oferta, contribuiu para queda no preço médio das principais hortaliças comercializadas nas Centrais de Abastecimento do país, segundo dados do Boletim Hortigranjeiro divulgado nesta segunda-feira (25/9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O levantamento mensal analisa os produtos de maior peso no cálculo do índice de inflação oficial e também identificou preços decrescentes no início de setembro.

No caso das raízes e tubérculos, como cenoura e batata, o bom resultado da safra de inverno, em fase de colheita, explica a queda em todas as onze Centrais de Abastecimento analisadas. Na média ponderada, a desvalorização foi de 7,97% para a cebola, cotada a R$ 3,16 o quilo, e de 25,35% para a batata, a R$ 2,37 o quilo.

No caso específico da batata, a Conab destacou que “pela quarta vez no ano, a quantidade comercializada nas onze Ceasas consideradas ultrapassou a marca de 100 mil toneladas, ficando acima do total de julho em 1,2% apenas”. Já a cenoura registrou a maior oferta do ano em agosto, com 23 mil toneladas, diante da boa safra e todas as regiões produtoras. Com isso, a avaliação dos pesquisadores é de que seja “provável que o quadro observado para o preço e oferta [da cenoura] em julho e agosto se repita”.

A mesma situação foi observada no mercado de cebola, produto cuja oferta no total acumulado do ano encontra-se 7% acima do observado no ano passado. “Feita a análise da oferta por região, notou-se que a Região Sul, cujos envios encontraram-se nos mais baixos níveis atualmente, em 2023 proporcionou aumento em relação a 2022, de cerca de 8%. A oferta a partir do Nordeste também teve evolução. Nesse período, aumentou 20% em relação a 2022”, explica o boletim. Na média, a cebola foi comercializada a R$ 2,78 o quilo em agosto, queda de 6,56% ante o mês anterior.

Entre as culturas mais sensíveis, as elevadas temperaturas atuando no rápido desenvolvimento da produção esteve por trás da maior oferta e da consequente queda nos preços. É o caso da alface, cujo preço médio ficou em R$ 3,71 o quilo em agosto, queda de 19,61%, e do tomate, com queda de 2,56% no mesmo período, cotado a R$ 4,31 o quilo.

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2023 é de R$ 44,00 (quarenta e quatro reais) por membro do grupo familiar.