INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.743

INFORMATIVO N° 1.743

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA:  29/9/2023

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 315 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

Lembrete: você associado ou associada que não solicitou sua cartela para concorrer aos prêmios da campanha dos 60 anos da Fetag-RS, procure seu Sindicato e busque informações!

Serão mais de R$ 200.000,00 em prêmios.

PRODUTORES DE LEITE MOBILIZADOS EM FREDERICO WESTPHALEN

Nesta quarta-feira (27), em Frederico Westphalen, cerca de 700 agricultores familiares participaram de mobilização pela cadeia leiteira gaúcha e brasileira. O ato foi organizado pela Regional Sindical Médio e Alto Uruguai, com o apoio da Fetag-RS, Regional Sindical Três Passos e da Macrorregional Missões Fronteira Noroeste.

A Fetag-RS foi representada pelo vice-presidente Eugênio Zanetti, que em sua fala cobrou fortemente respostas e ações emergenciais por parte do Governo Federal, que há meses vem sendo alertado sobre o agravamento da situação das famílias que vivem da atividade leiteira.

“De 2015 pra cá, mais de 60% das famílias desistiram da atividade. O preço pago pelo litro do leite não para de cair, culpa das importações exageradas, principalmente de leite em pó, dos países do Mercosul. O governo não quer mudar regras do Mercosul, mas parece estar aceitando a ideia de quebrar todos os produtores brasileiros, que não estão mais conseguindo se manter”, afirmou Zanetti em sua fala.

Nos últimos dias, a Fetag-RS recebeu notas fiscais de produtores que receberam cerca de R$1,04 pelo litro de leite, sendo que o custo de produção ultrapassa a casa dos R$2,00 por litro.

A mobilização de quarta-feira será seguida por outras caso os ministros que estarão no Estado amanhã não façam anúncios das medidas encaminhadas pela Fetag-RS.

 

EXCESSO DE CHUVAS NO RS VAI AFETAR PRODUTIVIDADE DO TRIGO E DA CEVADA

O excesso de chuvas no Rio Grande do Sul nas últimas semanas deve afetar a qualidade e a produtividade de culturas de inverno como trigo e cevada na atual safra. Além disso, também pode adiar o plantio de arroz e de soja no Estado.

A situação mais complicada é do trigo. Em relatório recente, a Emater-RS informou que já há perda de potencial produtivo em algumas regiões, devido às chuvas na primeira quinzena do mês.

A brusone e a giberela são as doenças que mais geram prejuízo para o trigo no Rio Grande do Sul, e chegaram às lavouras da Agropecuaria Ângelo Castioni, do município de Colorado, que semeou 153 hectares neste ano.

“O início do plantio foi muito bom, o melhor ano em termos de sanidade. Mas com as chuvas de setembro, não houve intervalo para aplicação de fungicidas, e a presença da giberela foi crescendo. E com os prognósticos de clima para outubro, a presença da doença deve aumentar”, disse à Globo Rural, Ezequiel Castioni.

Com isso, a previsão para o rendimento, que no início da semeadura era de até 75 sacas por hectare, caiu para 50 sacas.

“Agora não há mais perspectiva de lucro, a safra vai fechar no vermelho. Apostei em cultivares mais resistentes à brusone e à giberela e também na semeadura tardia, caso contrário, o prejuízo seria maior”, disse.

Em Ijuí, principal município produtor do Estado, a giberela ainda não comprometeu a produção em 20 mil hectares, afirma Luiz Eickhoff, presidente do Sindicato Rural de Ijuí. “Temos alguns defeitos nas lavouras, mas também há previsão de sol para as próximas semanas, que poderá reverter o quadro geral de perdas”, avaliou.

Segundo ele, é cedo para estimar uma produtividade, mas ele acredita que fique entre 50 e 55 sacas por hectare, na comparação com a média histórica de 60 a 70 sacas.

As principais regiões produtoras de trigo apresentam alta umidade do solo, de acordo com Hamilton Jardim, coordenador da comissão de trigo da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Assim, disse, o rendimento do trigo pode realmente ser menor que o inicialmente esperado. No entanto, ponderou que ainda é cedo para quantificar o desempenho dos cultivos.

“A safra terá problemas. A janela de colheita deve encurtar neste ano, mas só com a finalização dos trabalhos será possível mensurar as perdas”, observou.

Nas estimativas da Emater, a produção de trigo no Rio Grande do Sul deve atingir 4,5 milhões de toneladas neste ano, recuo de 14% em relação a 2022.

Clima também deve afetar produção de cevada

A produção de cevada no Estado também deve sofrer com as doenças fúngicas, como a giberela. Jardim, da Farsul, disse que deve haver quebra na safra de cevada, estimada em 112,8 mil toneladas pela Emater, projeção que já está 21% abaixo da colheita do ano passado.

“A giberela é de difícil controle, pois grande parte dos produtos tem um índice de eficácia muito baixo. Soma-se a isso o fato das ações preventivas não estarem acontecendo”, destacou Jardim.

Os produtores gaúchos também podem se deparar com problemas para o novo ciclo de soja. A partir de 1º de outubro, algumas regiões do Estado estarão aptas a iniciar a semeadura. Mas o excesso de umidade deve prejudicar o início dos trabalhos, disse Paulo Pires, presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS).

“Após duas safras de perdas nas lavouras, o El Niño estimulou o plantio de soja neste ano. Mas nem o mais pessimista imaginava que ia ter tanta chuva. As previsões para os próximos meses indicam ainda muita precipitação, e chuvas de 200, 300 mm não ajudam lavoura nenhuma”, lamentou Pires.

Nos prognósticos do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Rio Grande do Sul (Copaaergs), as chuvas devem ser mais frequentes pelos próximos três meses. O clima deve seguir sob influência do El Niño até o verão de 2024.

Fonte: Globo Rural

 

NÍVEL DO GUAÍBA BAIXOU NESTA QUINTA-FEIRA (28)

O Lago Guaíba atingiu maior nível em 82 anos no Cais Mauá chegando a 3,17m nesta quarta-feira (27.09). Já nesta quinta-feira (28.09), o nível da água no Lago Guaíba registrou uma queda, alcançando a marca de 2,88m no Cais Mauá. A medida se encontra 12 centímetros abaixo do limite que caracteriza uma situação de inundação. Vale lembrar que, ainda com a redução o nível ainda se mantém acima da cota de alerta, que é de 2 metros e 50 centímetros.

De acordo com informações divulgadas pela Prefeitura de Porto Alegre, a marca atingida é a mais elevada desde 1941, quando as medições atingiram 4 metros e 75 centímetros no Centro Histórico. Há oito anos, durante a última grande enchente na cidade, o nível máximo registrado foi de 2 metros e 94 centímetros.

O sistema de contenção do Lago Guaíba, que foi totalmente fechado na noite da terça-feira, as comportas começaram a ser ativadas na segunda-feira. No caso dos portões que costumam ficar fechados, o reforço se deu a partir de sacos de areia posicionados pelas equipes do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). O órgão segue monitorando a situação das áreas ribeirinhas.

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2023 é de R$ 44,00 (quarenta e quatro reais) por membro do grupo familiar.