INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.769

INFORMATIVO N° 1.769

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA:  01/02/2024

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta terça-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 313 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

 

 

 

PRODUTORES RURAIS QUEREM RECUPERAR ÁREAS ATINGIDAS PELO CLIMA

 

Produtores rurais do Vale do Taquari, que se estende a 40 municípios na região central do Rio Grande do Sul, estão amargando prejuízos causados pela passagem, em setembro, de um ciclone extratropical que provocou fortes chuvas.

O mau tempo que atingiu o estado resultando na cheia do rio Taquari continuou até novembro. Os prejuízos das lavouras de soja, milho, trigo, aipim e tabaco não são os únicos. É que os produtores perderam gado, porcos e frangos, além da pecuária de corte e da produção de leite. O Vale do Taquari foi a área mais atingida no estado.

O coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), no Vale do Taquari, Marcos Hinrichsen, disse que ainda é preciso analisar a qualidade do solo após a erosão causada pelas enchentes.

“[É] uma avaliação de muito prejuízo com relação à erosão do solo, porque as chuvas torrenciais levaram muita terra boa embora. Perdeu-se muita qualidade de solo. Tem nos preocupado como podemos recuperar as terras para continuar produzindo, fora a questão de animais com uma perda bem grande, casas e galpões atingidos”, disse.

Passado o período de chuva e de levantamento dos danos, o trabalho de recuperação é intenso. O coordenador destacou que os impactos entre os produtores são diferentes. Tudo depende do que foi perdido. O esforço para a retomada está começando pelo plantio de soja em algumas propriedades.

“Como são pequenas áreas, o agricultor precisa rapidamente fazer o plantio porque depende disso. Ele se organizou. Não dá para dizer que são 100%, mas naquilo que é possível ele está estruturando e plantando novamente. Cada caso é um caso”, afirmou, acrescentando que o resultado dos prejuízos das lavouras vai ser um baque na safra de grãos, como já ocorreu com a perda de 80%, 90% do trigo na região.

Segundo Hinrichsen, os produtores estão investindo dentro de suas possibilidades, mas ações dos governos federal, estadual e municipal têm sido realizadas para melhorar a condição de quem sofreu prejuízos. O perfil da região é de pequenas propriedades de até 15 hectares. “Mesmo quem não perdeu pelas cheias do rio, perdeu pelo excesso de chuvas”, acentuou.

A recuperação do solo tem apoio de programas do governo estadual de forma subsidiada, com análise da terra e adubação necessária. O Banco do Brasil abriu uma linha de crédito para ajudar os produtores, a Caixa desenvolve um programa de habitação no formato calamidade e há, ainda, doações que estão chegando às famílias.

“São várias frentes trabalhadas por órgãos dos governos federal, do estado e dos municípios, na medida do possível para auxiliar as famílias a viabilizar suas propriedades e continuar produzindo”, salientou.

De acordo com o sindicalista, ainda não é possível avaliar em quanto tempo será concluída a recuperação. “Cada propriedade é uma realidade. Às vezes o rio tira mais de uma e na outra trabalha de forma diferente. Tem casos que acredito que levará anos para recuperar completamente se não houver uma outra enchente. Outras não necessitam tanto”, explicou, lembrando que durante os três anos antes de 2023 os agricultores sofreram com a estiagem.

Hinrichsen observou que há muito tempo o estado não passava por uma intensidade tão grande de chuvas e isso desanimou os produtores. “Muitos agricultores estão abalados psicologicamente e precisamos entender que o nosso bem maior é a vida e temos que reconstruir o nosso Vale do Taquari, que é tão pujante e com uma economia muito positiva e de muito trabalho”, disse.

Fonte: Canal Rural

 

 

 

PREVISÃO DO TEMPO PARA FEVEREIRO É DE MAIS CHUVA E MUITO CALOR

Fevereiro costuma registrar dias quentes e pancadas de chuva espalhadas pelo Brasil, um clima típico do verão no Brasil. Em 2024, o padrão permanece, com exceção de partes da região Norte, em áreas da região Sul e Centro-Oeste, que devem registrar chuvas abaixo da média neste mês.

No Sul do Brasil, o tempo deve permanecer seco. De acordo com o prognóstico da Metsul Meteorologia, várias cidades dos três Estados sequer terão chuva na primeira semana do mês, com destaque para o Rio Grande do Sul.
“Onde deve chover mais nos primeiros sete dias de fevereiro é em Mato Grosso, Goiás, centro, oeste e sul de Minas Gerais, áreas de São Paulo próximas de Minas e do Rio de Janeiro, e no Estado fluminense”, diz o boletim. Os acumulados mais fortes estão previstos para Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal.

Fonte: Globo Rural

 

 

 

CLIMA ADVERSO REDUZ PRODUÇÃO DE VINHOS E ESPUMANTES NO BRASIL

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de vinhos e espumantes do Brasil, com cerca de 50 mil hectares plantados.

A Serra Gaúcha é a região mais tradicional, mas a produção também vem se expandindo para outras áreas do estado, como a Campanha Gaúcha.

“A gente teve algumas dificuldades com questão de doenças, principalmente míldio, pelo grande volume de chuvas que a gente teve nesses últimos meses. A gente precisa de um clima favorável, sol agora bastante para auxiliar na maturação, algumas variedades tardias até na formação dessas uvas”, diz Diego Tomasi, produtor de uva.

No geral, o desenvolvimento das uvas ocorre dentro do esperado na Serra Gaúcha, mas algumas videiras tiveram perdas devido ao clima.

Agora, a expectativa é que o clima colabore no final da safra para que as bebidas saiam com qualidade.

A produção mundial de vinhos e espumantes deve ser a menor em 50 anos, devido às condições climáticas adversas. No Brasil, a queda pode chegar a 30%.

O consumo, que cresceu na pandemia, segue em movimento de alta, com estimativa de avanço de 2% neste ano.

“Um pouco abaixo da expectativa que o mercado vinha se comportando desde o pós-pandemia. Obviamente não é o único setor que está sofrendo um pouco com as vendas. Mas sempre buscando e agora melhores projeções de final de ano, que é onde o consumo de espumante ganha destaque”, diz Daniel Panizzi, presidente da Uvibra.

Apesar das adversidades climáticas, as vinícolas gaúchas seguem investindo em tecnologia e inovação. Elas buscam melhorar a qualidade das uvas e dos vinhos, e ampliar sua presença no mercado internacional.

“O setor como um todo evoluiu muito por conta de muita pesquisa científica, tecnologia envolvida dentro do campo, mas também nos nossos processos de vinificação e com certeza com os anos passando. Então, é muito bacana a gente olhar e ter esse conhecimento que os produtos, falando mais de espumantes, eles estão sendo reconhecidos e sendo bem aceitos com consumidores a nível mundial”, afirma Nicole Salton, responsável pela experiência do consumidor.

O trabalho dos produtores gaúchos é reconhecido internacionalmente. O setor vitivinícola do estado recebe mais de 700 premiações por ano.

“A gente faz, dentro da nossa realidade, o possível para produzir uma uva de qualidade para refletir lá na frente um produto com qualidade excelente”, diz Diego Tomasi.

Fonte: Canal Rural

 

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2024 é de R$ 48,00 (quarenta e oito reais) por membro do grupo familiar.