INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.774

INFORMATIVO N° 1.774

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA:  29/02/2024

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 313 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

 

 

FETAG-RS É FAVORÁVEL AO INCENTIVO A IRRIGAÇÃO NAS PROPRIEDADES

A agricultura familiar não pode mais depender apenas das chuvas. Nos últimos anos, seguidas estiagens destruíram lavouras em todo o Estado e a Fetag-RS e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais cobraram do Governo do Estado medidas visando a incentivar a irrigação nas propriedades familiares.

Em ato realizado hoje, no Palácio Piratini, o governador Eduardo Leite anunciou o direcionamento de R$ 213,2 milhões para irrigação que serão disponibilizados entre 2024 e 2027. Porém, para este ano, o valor será de R$20 milhões.

No programa, cada família interessada terá até o mês de abril para encaminhar os projetos, que terão subsídio máximo de 20% por família, sendo que o teto máximo será de R$100 mil também por família.

Para o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, o programa anunciado “é muito bom, pois agora temos um programa de irrigação no Estado, algo que hoje em dia é fundamental, pois não podemos mais depender da chuva. Porém, faltou no programa um teto máximo no valor do projeto, já que assim como está grandes empreendimentos, que talvez não necessitem de subsídio, poderão ser incluídos e receber recursos que poderiam estar indo para a agricultura familiar”.

Joel ressalta que já fez contato com o governador Eduardo Leite e alertou sobre a questão, que deverá ser analisada ao longo do andamento do programa.

 

PREÇO DA SOJA ESTÁ QUASE R$ 30 ABAIXO DA MÉDIA HISTÓRICA NO RIO GRANDE DO SUL

O preço da soja no Rio Grande do Sul está quase R$ 30 a saca abaixo das médias históricas para o Estado. É o que mostra levantamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater-RS), na semana encerrada hoje, a cotação média foi de R$ 108,59 a saca de 60 quilos. Na anterior, até o dia 22 de,78 fevereiro, foi de R$ 110,34. A média dos últimos cinco anos para este período do ano é de R$ 136.

Segundo a Emater, o preço variou de R$ 106 a R$ 113 a saca a depender da região, no levantamento desta semana. Assim como em outras regiões do Brasil, o Rio Grande do Sul vive um cenário de preço de soja em patamares baixos. A pressão sobre as cotações vem, principalmente, do mercado internacional.

Na quarta-feira, em um movimento de correção técnica de posições por parte dos operadores na bolsa de Chicago, o contrato para maio subiu 0,39%, cotado a US$ 11,45 o bushel. Mas a alta é considerada pontual, já que, na visão do mercado, a tendência ainda é de queda nos preços internacionais da oleaginosa.

A avaliação é de que os fundamentos não mudaram no curto prazo, o que não abre espaço para uma reação nas cotações. Governo, consultorias e associações representativas de segmentos do agronegócio vêm revisando suas projeções para safra brasileira de soja, indicando cada vez mais uma quebra de produção.

Na quarta-feira, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) reduziu sua estimativa de 156,1 milhões para 153,8 milhões de toneladas do grão na temporada 2023/24. E fez ajustes no quadro de oferta e demanda, levando em conta um reforço na demanda interna, em função do aumento da mistura de biodiesel no diesel derivado de petróleo, que passa a 14% a partir desta sexta-feira (1/3).

A entidade que representa as processadoras de soja prevê um volume maior para esmagamento no Brasil em relação à temporada passada. Mas, com a quebra de produção, avalia que parte da soja a ser transformada em óleo e farelo no país migrará das exportações, que devem cair.

A previsão de safra da Abiove, no entanto, ainda é maior que de outros agentes de mercado e da própria Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que esperam uma produção inferior a 150 milhões de toneladas nesta safra. Essa redução, no entanto, deve ser compensada pela oferta da Argentina, que, neste ano, deve ter uma safra bem maior que a anterior.

Fonte: Globo Rural

SAIBA COMO SERÁ O CLIMA NO MÊS DE MARÇO

No cenário climático para o próximo mês de março de 2024, é importante acompanhar as análises das condições meteorológicas. A expectativa é de que as condições de chuvas e temperaturas tenham um papel fundamental nas operações em campo ao longo do mês. Observa-se que o El Niño está em declínio, e os primeiros sinais de neutralidade já se fazem presentes na atmosfera. Essa transição pode influenciar significativamente as atividades agrícolas e as estratégias de cultivo, exigindo uma análise cuidadosa e adaptação por parte dos produtores e demais envolvidos no setor agropecuário.

Confira a análise completa das condições climáticas para o próximo mês, como as condições de chuvas e temperaturas devem influenciar as operações em campo no decorrer deste março de 2024.

Panorama Condições Oceânicas e El Niño

As projeções seguem indicando tendência de enfraquecimento do fenômeno El Niño, mas ainda no mês de março, a condição mais provável é que as águas no oceano pacífico equatorial permaneçam em patamares de El Niño (100%).

Contudo, a atmosfera pode responder a essas condições com características de Neutralidade.

Mas vale ressaltar que, os climáticos internacionais indicam que o Oceano Pacífico tropical central continuará a esfriar nos próximos meses, provavelmente retornando aos níveis neutros em abril (72%) – ou seja, nem El Niño Niño nem La Niña – e todos os modelos neutros em maio.

Além disso, as condições de La Niña para o segundo semestre de 2024 continua alta – 49% entre Junho-Agosto e 71% entre Agosto-Outubro – porém apresentando uma redução segundo a projeção do Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e Sociedade, da Universidade de Columbia nos EUA (IRI/Columbia). 

 

Previsão de para as temperaturas Março 2024

Em relação às temperaturas, são esperados valores acima da média em praticamente todo o país, com exceção apenas do nordeste de Minas Gerais e sudeste da Bahia, onde os valores podem ficar dentro daquilo que seria esperado para o período. 

Assim, a previsão indica que setores do Centro-Oeste, MATOPIBA e região Norte devem fechar o mês de março com temperaturas entre +1 e +2°C acima da média.

 

Previsão de para as Chuvas Março 2024

O cenário das chuvas é um pouco mais complexo, visto que a atmosfera já apresenta uma condição mais semelhante ao período de Neutralidade do El Niño. Além disso, o mês de março pode ter a influência negativa da Oscilação Madden-Julian (OMJ), inibindo as chuvas em algumas regiões, na primeira quinzena do mês.

A OMJ é um fenômeno climático que pode afetar o padrão de chuvas, movendo-se através do equador e podendo tanto aumentar quanto diminuir a precipitação em diferentes partes do Brasil.

Considerando todas as projeções, de maneira geral, em março de 2024 as chuvas devem ficar acima da média histórica em praticamente toda a região nordeste, com destaque para as áreas do leste, a região produtora do MATOPIBA e SEALBA devem contar com um período de chuvas mais abundantes.

Essas chuvas avançam para o sudeste do Pará, Mato Grosso, Rondônia , Goiás, Minas Gerais. Entretanto, os valores esperados são menores do que os observados na região nordeste.

Já na faixa norte do país, com destaque para o leste do Amazonas, norte do pará, Amapá e norte do Maranhão, a condição mais provável é de chuvas abaixo da média.

O sinal de menos chuvas também é observado sobre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Contudo, isso pode representar uma previsão de chuvas mais irregulares, mas dentro da média histórica.

 

O que esperar na agricultura em março no Sul

Com as chuvas mais irregulares e a previsão de temperaturas acima da média, as lavouras de milho safrinha e feijão no Paraná sentirão mais efeitos de demanda hídrica. Já as lavouras que estiverem avançando na maturação, como a sojamilho primeira safra e arroz devem ser beneficiadas no final do ciclo, especialmente em Rio Grande do Sul e Santa Catarina, favorecendo também um processo de colheita mais otimizado.

Fonte: AgroLink 

 

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2024 é de R$ 48,00 (quarenta e oito reais) por membro do grupo familiar.