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Ministro anuncia medidas que contemplam em parte a FETAG

     O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, esteve ontem (8) na Expodireto, em Não-Me-Toque, onde anunciou várias medidas que atendem pautas da FETAG. O secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller, acompanhado de três técnicos , também participou. Pela FETAG estava o secretário-geral Pedrinho Signori, e o assessor de Política Agrícola Márcio Langer.
     As medidas anunciadas pelo Banco do Brasil, após solicitações da FETAG, para apoio à Bovinocultura de Corte e Leite, para dívidas vencidas e não-pagas em 2017 e vencíveis em 2018:

Pecuária de Corte:
– Custeio Agrícola e Pecuário: Pagamento de 30% do valor da dívida e o restante em duas parcelas anuais (2019-2020);
– Investimento Agrícola e Pecuário: 100% da parcela será prorrogada para um ano após o vencimento da última parcela do cronograma.
OBS: Nas operações de Investimento com recursos do BNDES, pagam-se os juros do período e prorroga-se 100% do capital para um ano após o vencimento da última parcela.

Pecuária de Leite:
– Custeio Agrícola e Pecuário: Pagamento de 20% do valor da dívida e o restante (80%) em três parcelas anuais (2019-2020-2021);
– Investimento Agrícola e Pecuário: 100% da parcela será prorrogada para um ano após o vencimento da última parcela do cronograma.
OBS: Operações com recursos do BNDES, pagam-se os juros e prorroga-se 100% do capital para um ano após o vencimento da última parcela.

Para o presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, o anúncio é importante porém é necessário a publicação de resolução, pois é caso a caso o que sempre dificulta mais o processo.  Com relação ao leite, explica Joel, foi novamente pleiteado e cobrado medidas de enxugamento de leite do mercado, medida esta travada desde agosto do ano passado. “As normas da IN 62 foram cobradas para que sejam mantidas e revistas, pois as novas regras podem excluir ainda mais produtores do sistema”, alertou o dirigente.

Mercosul
Em relação ao Mercosul, continua Joel, causador dos principais problemas das atividades produtivas, o Mapa diz estar disposto a comprar a briga pelo setor, porém pediu apoio aos três Estados do Sul para poder enfrentar o poderio econômico da indústria. O saldo comercial fechou em R$ 8 bilhões pró-Brasil no Mercosul, porém o setor agropecuário enfrenta um saldo negativo de R$ 3 bilhões. Outro pleito em relação ao Mercosul em estágio avançado de debate é a possibilidade de pessoas físicas/agricultores poderem comprar insumos nos países do Bloco.

Trigo
Quanto ao trigo, continua Joel, foram solicitados a inclusão no financiamento do cereal de duplo propósito, bem como do PGPAF para o agricultor no Pronamp.

Arroz
O MAPA confirmou a continuidade dos leilões de PEP, PEPRO, AGF e as medidas em relação aos créditos agrícolas devem ser tema de mais debate nos próximos dias.
Quanto ao endividamento global, foi fortemente cobrada a estruturação de um grupo interministerial, liderado pelo MAPA para levantar o volume do passivo e soluções estruturais para o tema.

Endividamento
A carne suína a notícia preocupante, diz Joel, pois pela elevação dos custos de produção e as dificuldades comerciais externas, que antes de 60 dias não devem alterar. “A FETAG ainda cobrou a linha de crédito emergencial para o leite e afetados pelos eventos climáticos, porém ainda sem resposta”, concluiu o dirigente.

Assessoria de Imprensa – 09/03/2018 – Luiz Boaz