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Nota de esclarecimento da Fetag-RS para a agricultura familiar e sociedade gaúcha

 

Nos últimos dias pessoas mal intencionadas tentaram manchar a história da Fetag-RS e das demais entidades ao dizer que estaríamos defendendo aumento de impostos no Rio Grande do Sul, o que não é verdade.

O que a Fetag-RS, ao lado de diversas outras entidades fez vai ao contrário. Percebemos que os decretos do governador do Estado, que retiravam incentivos fiscais de alguns setores, aumentavam os custos de produção do setor primário tirava a competitividade de itens como a proteína animal e aumentava em 12% os produtos da cesta básica.

Este grupo de entidades procurou o governador e solicitou a retirada dos decretos que penalizavam demais a agricultura e a pecuária do Rio Grande do Sul. O entendimento das entidades naquele momento era sensibilizar o governador para não colocar os decretos em vigor, porém, ouvimos dele que não havia alternativa. Então, sugerimos que o melhor caminho era retomar o diálogo com a Assembleia Legislativa para encontrar outra alternativa.

Porém, infelizmente, questões partidárias e o medo do desgaste político fizeram com que a busca por um remédio menos amargo se inviabilizasse. Reconhecemos que um pequeno grupo de parlamentares, mesmo divergindo do projeto, se mostrou aberto a conversar. Porém, a grande maioria dos deputados e deputados não teve a mesma atitude. Lamentamos que o diálogo entre os poderes tenha sido barrado por ideologias e questões menores, que vão no sentido contrário aos anseios da população gaúcha. Assim sendo, retornamos a estaca zero e os decretos voltaram a ser a opção do governo.

Desde a última sexta-feira (26), solicitamos ao governador Eduardo Leite fizesse ajustes nos decretos, pois outros setores não estavam sendo penalizados. Apenas agricultura e pecuária sofreriam os efeitos, algo que consideramos injusto. O governador entendeu nossos argumentos e reduziu de 40% para 20% a retirada dos incentivos para os insumos agrícolas. Também, depois do diálogo, conseguimos reduzir os impactos para a proteína animal, frutas, verduras e legumes, ou seja, diminuímos o impacto na cesta básica.

Reforçamos o entendimento de que não era o melhor caminho. Entretanto, foi o possível. Consideramos que os avanços só foram possíveis graças ao trabalho das entidades que não se esconderam, sendo simplesmente contra e não buscando auxiliar na construção de alternativas, o que pode ser mais cômodo, mas não resolve os problemas. Temos compromisso com os produtores rurais e com o consumidor que necessita de alimentos de qualidade e com o menor custo possível.

Seguimos querendo acreditar que o diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo possa ser retomado e os decretos suspensos. Basta uma dose de boa vontade das duas partes.

A Fetag-RS e as demais entidades seguem a disposição do governo do Estado e da Assembleia Legislativa para sentar e construir outra alternativa que venha a ser menos prejudicial os setores produtivos e consumidores gaúchos.

Que sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra.