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Oficina trata da saúde financeira do MSTTR

A oficina proposta pela Contag às federações para avaliar a saúde financeira dos sindicatos e sua relação com a formação e a comunicação teve início ontem (23) no auditório da Fetag e se estende até o dia 26. Intitulada “Oficina Estadual de Autoformação em Gestão Administrativa e Financeira”, o evento reúne cerca de 40 representantes dos sindicatos e regionais, em sua maioria tesoureiros. A ideia, segundo o tesoureiro-geral da Fetag, Sérgio de Miranda, é abordar o tema complexo de forma leve, distensionada. E parece que está dando certo!
A mística de abertura, com apresentação da missão da Fetag, do trabalho no meio rural e do produto foram embalados pela música Os trabalhadores e sua lida, uma paródia feita pelos assessores de Formação Giovane Zortea e Leomar Fernando Mattia da música de ofertório da igreja católica Os grãos que formam a espiga… No lugar do dinheiro, os participantes da oficina pegavam um papel com duas perguntas: o que o grupo tem para ofertar para o MSTTR e o que o grupo espera do MSTTR. Depois de respondidas, o papel era depositado novamente na pequena cesta de vime e, numa nova rodada, um novo bilhete era colhido aleatoriamente… Assim, em voz alta, cada um leu o que outro colega escreveu, integrando e animando a dinâmica dos trabalhos.
Dedicação, trabalho, tempo, compromisso, luta, militância, ações, empenho, contribuição financeira, vida… são algumas das respostas para a primeira pergunta. Em relação à expectativa do grupo, um maior número de ideias foi elencado: conquistas, reconhecimento, fortalecimento, renovação, organização, integração, valorização, manutenção do agricultor no campo com qualidade de vida, consciência de classe, referência para o agricultor, respeito, militância dos dirigentes, defesa, representação e trabalho conjunto de STR`s, Fetag e Contag.
O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, em sua fala, ofereceu ao movimento sindical a “minha parte nessa luta, sou mais um”, diz. E questionou: quem vem primeiro, a luta ou a situação financeira? Joel falou da importância da origem dos recursos, associados ou fomento? Disse que o MSTTR não pode perder a essência de representação dos agricultores e por isso a luta pela elevação do número de associados aos STR`s.
O 1º tesoureiro e diretor responsável pela Formação, Nestor Bonfanti, destacou a importância do encontro que reúne um dos grupos pensantes do movimento sindical. Ele ressaltou que, como há diferença entre as federações, existe também entre as regionais e por isso a necessidade do trabalho coletivo de Contag e Fetag. Ainda sobre o que esperar do MSTTR, Bonfanti reiterou que “é feito por nós, é um compromisso de cada um”. Representando o deputado federal Heitor Schuch, o chefe de gabinete Anselmo Piovesan defendeu a necessidade de organização para enfrentar novos desafios. Lembrou que há problema de gestão, mas que o MSTTR já atravessou fases difíceis e a situação foi contornada, sendo necessárias alternativas para manter sua saúde financeira.
Falando sobre cenários futuros, o assessor de Formação Leomar Fernando Mattia lançou um questionamento para ser respondido em tarjeta pelos participantes, ocasião em que cada um se apresentou. “Como o MSTTR vai ser daqui há 15 anos”? O resultado desse trabalho participativo e opinativo foi variada: muita gente confiante, outros nem tanto e alguns achando que não vai mudar muita coisa.
A análise da conjuntura do movimento sindical apresentada por Sérgio de Miranda contemplou três fases distintas: o assistencialismo das décadas de 60 até meados de 80, quando o que o associado esperava do sindicato era assistência médica e odontológica, Funrural, assistência técnica e bolsas de estudo; na década de 80, o sindicalismo vive a sua essência reivindicatória. O movimento cresceu, houve reconhecimento da atividade da trabalhadora rural, as primeiras mobilizações, aposentadoria rural, política agrícola diferenciada para a agricultura familiar, preços mínimos, organização dos assalariados e, com a Constituição Federal em 1988, a ampliação dos direitos dos trabalhadores rurais, especialmente na área de previdência e assalariados rurais. A terceira fase, conta Miranda, é a vivenciada até os dias atuais, com a implementação das políticas públicas.
A oficina está tendo a participação efetiva dos Departamentos Financeiro, Formação e Comunicação.

Assessoria de Imprensa – 24/06/2015