NOTÍCIAS

OPINIÃO: Ano Internacional da Agricultura Familiar

Lauro Baum, diretor do STR de Lajeado

O ano de 2014 tem um clima diferenciado para a agricultura mundial. O planeta o tem referendado como o Ano Internacional da Agricultura Familiar. A menção foi definida pela Organização das Nações Unidas e a autoria do título tem como base as propostas apresentadas pelos movimentos sociais de todas as regiões da terra.

Quanto à população rural, atualmente, no planeta, há aproximadamente 1,5 bilhão de pessoas detentoras de 380 milhões de estabelecimentos rurais. Além destas, outro 1,5 bilhão de pessoas está dividido entre urbanas com atividade rural parcial, exploradores de florestas, pequenos pecuaristas, pescadores artesanais e indígenas.
Este contingente representa em torno de 40% da humanidade e é responsável por 70% dos alimentos consumidos por toda população mundial. Lógico que este percentual (40% da população do planeta) diferencia de países mais desenvolvidos.
Nos EUA, em torno de 2% estão no meio rural. No Brasil, por exemplo, estima-se entre 12% e 13% e com constante migração para as áreas urbanas, com a perspectiva de que nas próximas décadas o número de pessoas dedicadas ao meio rural reduza drasticamente, enquanto que em proporção ainda maior precisa aumentar o volume de produção para as milhões de bocas que se somam a cada novo ano.
Em consideração ao tema do ano, o momento é favorável para uma contagiante importância à agricultura com medidas de políticas públicas específicas e de caráter estruturante para a classe. Uma política que permite acesso à terra, acesso à tecnologia, garantia de preço, comercialização e renda com vida de qualidade. Sem estas condições no caminho da produção, é difícil visualizar um futuro com alimentos saudáveis para toda população.

Assessoria de Imprensa – 07/07/2014