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Pesquisadores norte-americanos visitam pomares de pequenas frutas no interior de Vacaria

Pesquisadores americanos e da Embrapa Uva e Vinho visitaram ontem (9) produtores de pequenas frutas na Fazenda da Estrela, no município de Vacaria, para diagnosticar a incidência da Drosoplila Suzukii, uma nova praga que está trazendo prejuízo aos pomares. A finalidade é comparar a situação do Rio Grande do Sul com pomares dos Estados Unidos e norte do México, onde a incidência da mosca tem sido alta. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vacaria e Muitos Capões foi representado pelo tesoureiro Gilvani Vanzetto, que teve seu pomar visitado pelo grupo, pela vice-presidente Francisca Inês Almeida e pelo técnico em agropecuária, Jéferson Vanzetto de Carvalho. A visita foi orientada pela Secretaria da Agricultura do município e pela Emater. Também foram visitados pomares de Lauri Palaoro e Dionísio Della Libera. A Embrapa comprometeu-se a fazer pesquisa para auxiliar os produtores no combate à praga, tendo o cuidado com a produção orgânica de amora no assentamento Capela de Fátima.

Apesar de ter sido constatado que a praga está causando dano aos frutos, a pesquisadora da Carolina do Norte, Hannah J Burrack, disse que a infestação não pode ser considerada de alto risco para a cultura, pois a população de insetos encontrada nas amostragens não é tão significativa e não há produtos registrados para pequenas frutas. O técnico Jéferson conta que, por trataram-se de propriedades longe das principais empresas que recebem a fruta, a pesquisadora sugeriu que os produtores utilizem câmaras de resfriamento, o que implicaria a colheita mais frequente e a diminuição do risco do aparecimento de larvas. A pesquisadora informou que alguns produtores americanos estão utilizando um pequeno resfriador que pode ser inserido em alguma parte até mesmo do galpão da propriedade e teria um custo bem mais acessível, já que a fruta será apenas resfriada e não congelada. Esse manejo, segundo Jéferson, serviria também para o controle da Anastrepha mais conhecida pelos produtores como mosca das frutas e que, atualmente, junto com a Suzukii, são as principais pragas que atingem a cultura das pequenas frutas.

Hannah salienta que não são apenas os agricultores que devem ter conhecimento do manejo correto dos frutos, sem uso de inseticidas e sem larvas. Ela disse que também as empresas que comprarm do produtor devem ter a consciência de que, sem uso de inseticidas, a produção está sujeita a ter larvas e que essas larvas não causam danos à saúde, enquanto os inseticidas podem trazer sérios danos à saúde de produtores e consumidores.

Assessoria de imprensa – 10/12/2015