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Preço do leite segue em elevação

     O Conselho Estadual do Leite (Conseleite) realizou ontem (21) sua reunião para apresentar os valores finais de reerência do preço do litro de leite do mês de abril, que fechou em R$ 1,0645. O valor projetado para o leite produzido em maio, a ser pago em junho, ficou em R$ 1,0778, portanto houve uma elevação no mês de 1,25%.
     Ao mesmo tempo, o acumulado do ano, até o momento, apresenta uma elevação de 15,72% para o produtor. Conforme levantamento da Embrapa, houve um aumento no custo de produção de 7,46%. A produção voltou a crescer em algumas regiões (2%) e em outras permanece estável, porém com tendência de crescimento bem intenso com as pastagens de inverno, que estão em boas condições de desenvolvimento.
     As importações voltaram a crescer no mês de abril se comparado ao mês anterior, mas no volume geral é menor do que no mesmo período de 2017. O que preocupa é o valor de entrada deste produto importado, visto que é bem mais competitivo em relação ao valor do produto interno. Um fator que deve frear as importações é a alta do dólar, que impacta diretamente neste custo.
     O diretor da FETAG e presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, cobrou as penalidades que os produtores vêm sofrendo em relação às análises de leite nas plataformas das indústrias, especialmente pela crioscopia e antibióticos. “Reforçamos a atuação conjunta entre produtores e indústrias no sentido de ampliar as recomendações em relação aos antibióticos e sua carência, pois vem ocorrendo vários fatos de condenações em que a bula do produto está diferindo dos resultados das análises. Produto com carência não significa produto sem residual. Portanto, solicitamos o auxílio dos STR’s para orientar os produtores no encaminhamento de amostras anteriores para realizar os testes e com isso confirmar a ausência de resíduos”, observou.
     Da mesma forma, continua Pedrinho, está em consulta pública a IN 62, em que estes temas serão objeto de questionamentos, pois o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizam o produto e as análises das amostras com base nas normas do Mapa, e os kits de análise apresentam resíduos e condenações, e isso sem a possibilidade de defesa do produtor.
     Em relação a chegada do frio, o dirigente disse que isto tende a estimular o consumo, o que poderá acarretar uma maior demanda e, consequentemente, aquecer o mercado de lácteos. “A alimentação e o manejo do gado são fundamentais na relação custo x benefício, o que deverá ser o balizador para cada sistema de produção e indústria fornecedora, quanto à rentabilidade da atividade”, completa.

Assessoria de Imprensa – 22/05/2018 – Luiz Boaz