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Quebra na safra de fumo melhora preço

     A Comissão de Negociação dos Fumicultores realizou nos dias 14 e 15 de janeiro uma visita às fumageiras, em Santa Cruz do Sul (Souza Cruz e Philip Morris) e em Venâncio Aires (China Tabacos e JTI), para saber como elas estão comprando o fumo, uma vez que nos últimos dias iniciaram as aquisições. A quebra de safra é uma realidade e, portanto, as indústrias são obrigadas a pagar melhor. Diante deste contexto, o produtor precisa estar ciente do que melhor lhe convier: vender ou segurar. A expectativa das lideranças é de que na segunda quinzena de janeiro ocorra uma nova rodada de negociação de preço do tabaco para esta safra.
     O presidente do STR de Santa Cruz do Sul, Renato Goerck, conta que as compras na  Souza Cruz e Philip Morris ainda são tímidas, embora o objetivo da visita era saber como está a classificação e, consequentemente, a valorização do tabaco. “Percebemos que a compra acontece diferente da safra passada, isto é, igual produto em 2015 era classificado como “L” ou da variedade “O1” para “O2”, pois estava relacionada à quantidade de fumo e aos preços praticados. Com a quebra da safra, as fumageiras estão remunerando bem melhor. Vimos que todo o produto que entra na indústria em condições razoáveis é comprado como O1 ou R1. Em relação a O2 e R2 vimos muito pouco”, observou.
     UMIDADE
     O principal problema detectado é a quantidade de fumo úmido devido ao clima. O tabaco esquenta dentro do fardo e mofa. Goerck disse que as fumageiras são obrigadas a estocar o tabaco por cerca de 30 dias até a venda, o que provoca excesso de mão de obra. Para não devolver ao produtor ele é classificado de forma inferior e, portanto, cai o preço. “O alerta é que o fumicultor guarde bem o tabaco e fique de olho na umidade, que deve estar dentro do padrão. Na Souza Cruz, por exemplo, o fumo com umidade acima de 18% o desconto era automático, isto é, entre 1% a 2%”, afirmou.
    Já o presidente do STR de Rio Pardo, Aldemir José de Menezes Santos, acredita que a aproximação com os produtores foi importante. Ele enfatizou que o excesso de chuvas aliado à queda de granizo comprometeu a qualidade do fumo. “Constatamos que a classificação nas esteiras ocorre dentro das expectativas”, completou. 

Assessoria de Imprensa – 18/01/2016