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Safra 2015/2016 terá redução. FETAG orienta produtores para investir na qualidade do produto

     Redução da safra brasileira de tabaco para 2015/2016. Este é o resultado das reuniões realizadas ontem e hoje – 29 e 30 de abril – na sede da Afubra, em Santa Cruz do Sul, entre as entidades representativas dos fumicultores e as indústrias fumageiras. A estimativa é de reduzir em 12% a produção da variedade Virgínia e em até 20%, a produção do Burley.
Com isso, para 2015/2016, a estimativa de produção passa a ser de 607.010 toneladas de tabaco produzido nos três estados do Sul do Brasil – (529.415 de Virgínia, 66.586 de Burley e 11.010 de Comum) -, contra a estimativa de produção da atual safra, que é de 695.850 toneladas (601.610 de Virgínia, 83.230 de Burley e 11.010 de Comum).
     A orientação das entidades aos fumicultores é de que reduzam a sua área plantada para que se possa adequar a produção à demanda. “Convocamos as reuniões com as indústrias para que elas revelem as suas intenções de produção. E, de acordo com cada uma delas, haverá redução ou, no máximo manutenção de área. Mas não podemos deixar o fumicultor plantar e, quando começar a comercialização, as indústrias alegarem não ter mercado”, destaca a comissão. Outra recomendação da representação dos fumicultores é que se invista na qualidade do tabaco. “Ao reduzir a área o produtor pode se dedicar ainda mais ao produto e investir na qualidade do mesmo, o que dará ao fumicultor uma competitividade a mais na hora da venda”.
     COMERCIALIZAÇÃO – É consenso da representação dos produtores que houve uma pequena melhora na comercialização da atual safra de tabaco após a mobilização dos fumicultores realizada em Venâncio Aires no dia 10 de abril, mas ainda está aquém do esperado. Segundo as empresas, esta tendência de melhora deve se manter até o final da safra, uma vez que, até o momento, houve a compra de grande percentual de tabaco do baixo pé, restando o médio e alto pé ainda por comercializar. Como as empresas não garantiram a melhora, as entidades continuam mobilizadas.
     A FETAG juntamente com os STR’s, tem o dever de orientar os produtores dos municípios sobre o cénario atual da fumicultura.

Carlos Joel da Silva
Presidente da FETAG
30.04.2015