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O Centro Nativista Estância da Tradição, no distrito de Três Vendas, em Cachoeira do Sul, na região central, foi o palco do 8º Encontro Municipal em Homenagem ao Dia do Colono e 12º Encontro de Integração das Famílias Rurais no dia 25 de julho. O evento reuniu cerca de duas mil pessoas, que saíram de dezenas de comunidades do interior do município e também da cidade de Cachoeira do Sul, além de Novo Cabrais e Santana da Boa Vista.
Promovido pelo STR de Cachoeira do Sul e Novo Cabrais, Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Emater/RS e Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), com apoio da Prefeitura Municipal de Cachoeira do Sul – através das secretarias de Agricultura e Desporto –, Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e Universidade do Estado do Rio Grande do Sul (Uergs), o evento teve muitas brincadeiras paras as famílias dos agricultores, além dos tradicionais discursos de representantes de entidades de classe ligadas ao setor primário.
O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, marcou presença no evento e ressaltou, logo no começo de sua fala, os trabalhos que o deputado federal Heitor Schuch e o deputado estadual Elton Weber, ambos do Partido Socialista Brasileiro (PSB), desenvolvem em prol da agricultura familiar no Rio Grande do Sul. O sindicalista cobrou da sociedade que vive na cidade maior valorização de quem planta. “Será que eles lembram que para ter arroz na mesa tem alguém que plantou?”, questionou. O presidente destacou que o agricultor não é importante somente para a agricultura, mas para toda a sociedade, e cobrou do Poder Público em geral que dê mais importância para a classe.
Joel criticou os sucessivos governos municipais de Cachoeira do Sul. De acordo com o presidente, ao longo do tempo, os prefeitos nunca priorizaram a agricultura. Exemplo disso é o estado de conservação das estradas que servem para o escoamento da produção. “Não é de agora que as estradas não estão do jeito que os cachoeirenses merecem”, reclamou. A liderança sindical ainda falou sobre a corrupção que assola o país: “Tem uma praga instalada no Brasil que não deixa ter dinheiro para saúde, para consertar ponte que cai e para arrumar estradas. É a corrupção, e nós estamos só assistindo, sem reagir”. Ele considera como avanços para os agricultores a criação do crédito fundiário, dos programas de habitação rural e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), mas acredita que é preciso avançar mais. Joel afirmou que quando surgem os problemas, é o Sindicato dos Trabalhadores Rurais que briga com o governo. “Temos que lutar para melhorar. Existe fome no mundo e só quem pode matá-la são os agricultores. As autoridades precisam criar mecanismos para ajudar”, concluiu.

Assessoria de Imprensa – 28/07/2015