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Toda família que vive no meio rural sonha e deseja viver num lugar com segurança e bem-estar. Viver com dignidade, trabalhar com garantia na geração de renda, ter acesso à educação e saúde, dentre outras questões. Importante dizer, que a maioria das famílias também gostariam ter uma continuidade do projeto da família (nome da família), ou seja, um(a) sucessor(a) da profissão, da unidade produtiva.

Todo jovem da roça deve ter orgulho de ser filho(a) de agricultores, pois, o campo foi onde se iniciou toda a história de nosso País. Os jovens podem permanecer no campo e prosperar, ter qualidade de vida e fazer parte dessa nova geração que irá valorizar e permanecer no campo sucedendo seus bisavós, avós e pais, e assim, ser protagonista da história de transformação da população brasileira.

A sucessão rural é muitas vezes entendida como apenas a transferência de posse, herança de bens de família entre gerações, com afastamento das gerações mais idosas da gestão da propriedade e a formação de um(a) novo(a) agricultor(a).

Mas Sucessão Rural não se limita a isso: ela também significa a continuidade das práticas culturais, históricas e tradicionais de produção e cultivo.

O termo sucessão, relaciona-se “à possibilidade de continuidade das atividades desenvolvidas na propriedade familiar, com a presença dos pais ou não na unidade de produção. Compreendido também como a transferência do patrimônio e a continuação da atividade profissional paterna, no momento em que as gerações mais velhas saem do comando sobre o negócio” (GASSON; ERRINGTON, 1993).

Os jovens precisam olhar para o meio rural como uma possibilidade de um projeto de vida, que vai além da escolha de uma profissão. Que ele possa enxergar o rural como um espaço de qualidade de vida – um lugar para construir sua casa, constituir família, poder educar seus filhos, gerar renda… um espaço de lazer, de trabalho digno, com saúde, etc – e que dê perspectivas e oportunidades de qualidade de vida.